Homens e mulheres são muito diferentes em vários fatores, até mesmo no momento de trocar de carro. Dados de uma pesquisa realizada pela Webmotors em parceria com a Midminers mapeou a jornada do consumidor e os impactos do gênero e da classe social entre os compradores de veículos nos últimos anos, mostram uma considerável diferença no comportamento entre homens e mulheres quando pensam em trocar de carro, contrariando o senso comum de que os homens são consumidores mais assíduos de carros do que o público feminino.
De acordo com o estudo, o número de mulheres que pretendem mudar de carro em até um ano é 10% maior do que o número de homens que, segundo o levantamento, desejam trocar de veículo em até três anos, sendo 10% maior em relação às mulheres.
Pouco mais de um terço, o equivalente a 36% dos entrevistados afirmaram que pretendem trocar de carro depois de três anos ou mais, enquanto 30% disseram que preferem trocar de carro em até dois anos e 17% em até um ano.
O estudo identificou ainda a influência da renda na decisão de troca. “Essa foi a compra do seu primeiro carro?”, foi a pergunta que 61% dos entrevistados afirmaram que “sim”, enquanto 39% responderam que “não”. Entre os participantes com rendimento entre quatro e dez salários mínimos, os índices mudam para sim 85% das pessoas e 15%, para não.
Já para os consumidores com renda entre dez e 20 salários mínimos, a variação fica entre 60% (sim) e 40% (não) e, entre aqueles que têm rendimento acima de 20 salários mínimos, os números somam 45% (sim) e 55% (não).
O estudo também abordou os participantes a respeito da compra do primeiro veículo. Neste aspecto, 30% respondeu que a necessidade foi o maior motivador. Já para 22% a compra do primeiro carro foi a realização de um sonho. E, por fim, a comodidade foi fator decisivo para 18% das pessoas.
No entanto, dentre as pessoas com rendimento entre quatro e dez salários mínimos, a realização de um sonho é o motivo principal para 30% dos entrevistados. Para quem tem renda entre dez e 20 salários mínimos, a necessidade aparece como a maior razão da compra (39%).
Já na opinião daqueles cuja renda fica acima de 20 salários mínimos, há um empate entre necessidade, realização de um sonho e liberdade. As três opções foram apontadas, igualmente, por 23% dos entrevistados.
A opção de pagamento também foi analisada. A modalidade à vista na primeira compra é a mais praticada entre 39% das pessoas ouvidas, seguida da escolha de consórcio por 19% e do financiamento com entrada em dinheiro por 17%.
Por fim, o levantamento apontou que para buscar informações antes da decisão pela compra de um veículo, a internet é soberana. Ela é o meio mais usado por 71% dos consumidores, independentemente da classe social ou do gênero. Familiares (53%) e amigos (51%) são, respectivamente, a segunda e a terceira fontes mais consultadas.
O estudo, conduzido em parceria com a Midminers, ouviu 120 pessoas com idade acima de 18 anos. A amostragem teve em sua composição 52% de mulheres e 48% de homens. A maioria deles na faixa etária de 25 a 34 anos (49%) e com renda entre dez e 20 salários mínimos (46%). A Webmotors informou que apenas entrevistados que já tinham afirmado em um estudo anterior ter comprado um veículo há alguns anos participaram do levantamento.