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Empresário, motorista, cantor e pedreiro: moradores de MS que o STF julga se são réus por atos golpistas

Por Midia NAS em 18/04/2023 às 20:28:20
STF começou na terça-feira (18) a decidir se aceita a denúncia contra 100 dos 1,3 mil acusados p pela invasão e depredação das sedes dos Três Poderes. Destes, quatro são de Mato Grosso do Sul. Bolsonaristas de Mato Grosso do Sul estão presos em Brasília.

Redes Sociais/Reprodução

O Supremo Tribunal Federal (STF) começou, nesta terça-feira (18), a decidir se torna réus 100 dos 1,3 mil denunciados pela invasão e depredação da sede dos Três Poderes, em Brasília, no dia 8 de janeiro. Na lista aparecem quatro sul-mato-grossenses. Veja mais abaixo quem é cada um dos golpistas:

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O g1 tenta contato com as defesas dos citados na lista do STF. Apenas a defesa de Erick Koabyashi retornou os questionamentos feitos, que disse que o cliente foi preso "injustamente". Veja a nota na íntegra mais abaixo.

Fabio Jatchuk Bullmann

Fabio Jatchuk Bullmann: morador de Campo Grande preso no DF após atos terroristas.

Redes sociais/Reprodução

Morador de Campo Grande, Fábio Bulmann, de 42 anos, é empresário e atuava em Campo Grande. O golpista tinha uma empresa especializada em conserto de aparelhos de ar-condicionado, refrigeração e ventilação.

Nas redes sociais, Fábio abasteceu o perfil com postagens com fake news, teor golpistas e contestava a legitimidade do sistema eleitoral brasileiro.

Djalma Salvino Dos Reis

Djalma Salvino Dos Reis: morador de Itaporã preso no DF após atos terroristas.

Redes sociais/Reprodução

Djalma Salvino dos Reis tem 45 anos e morava em Itaporã (MS) - cidade a 239 km de Campo Grande - antes de ser preso em Brasília após os atos golpistas do dia 8 de janeiro de 2023. Na cidade, Djalma trabalhou como vendedor e motorista de ônibus.

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Eric Prates Kobayashi

O nome de Eric Prates Kobayashi, de 40 anos, também está inserido na lista dos golpistas presos que serão analisados pelo STF. Morador de Campo Grande, Eric já foi carteiro e atuava como cantor mais recentemente.

O g1 entrou em contato com a defesa de Eric, que alega que a prisão foi "injusta". O advogado Hélio Júnior comentou sobre o caso em nota:

"A defesa de Eric Prates Kobayashi informa que não há quaisquer indícios de que ele tenha vandalizado, pelo contrário, ao final comprovarão a sua inocência e restará claro que centenas de pessoas que foram presas injustamente. Ainda espera que as investigações possam identificar os verdadeiros culpados pela depredação dos prédios públicos invadidos na praça dos Três Poderes. A prisão do Eric é ilegal e antijurídica logo se espera que o julgamento do STF venha arquivar o inquérito que culminou na maior prisão política da história da humanidade".

Diego Eduardo Assis Medina

Diego Eduardo Assis Medina: morador de Dourados preso no DF após atos terroristas.

Redes sociais/Reprodução

Diego Eduardo Assis Medina morava em Dourados (MS) - segunda cidade mais populosa do estado. O golpista foi preso em Brasília horas após o ataque as sedes dos prédios dos Três Poderes.

Antes de ir a capital federal, Diego chegou a trabalhar como pedreiro, pintor e caseiro de fazendas. A partir das redes sociais do rapaz é possível ver que ele participava dos acampamentos em frente aos prédios do Exército em Mato Grosso do Sul.

Vídeos, imagens e textos de cunho golpistas eram compartilhados diariamente por Diego nas redes sociais.

Denúncias da PGR

Desde o ataque, a Procuradoria Geral da República (PGR) já denunciou 1.390 pessoas por atos antidemocráticos, sendo 239 no núcleo dos executores, 1.150 no núcleo dos incitadores e uma pessoa no núcleo que investiga suposta omissão de agentes públicos.

Durante a invasão, foram depredados o Palácio do Planalto, o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Congresso Nacional, num ataque à democracia sem precedentes na história do Brasil. Terroristas quebraram vidraças e móveis, vandalizaram obras de arte e objetos históricos, invadiram gabinetes de autoridades, rasgaram documentos e roubaram armas.

Entenda os crimes dos golpistas

Vândalos são reprimidos pela polícia diante do Palácio do Planalto em Brasília

Ueslei Marcelino/Reuters

O julgamento começou no plenário virtual exatos 100 dias após os atos de vandalismo que provocaram prejuízo de R$ 26,2 milhões nas sedes dos Três Poderes.

As denúncias foram oferecidas pela Procuradoria-Geral da República em dois inquéritos abertos para identificar os autores intelectuais, incitadores e executores dos crimes. Esses 100 denunciados estão presos.

A PGR afirma que os denunciados se associaram, de forma armada, a partir de convocações por meio de redes sociais e aplicativos de mensagens com o objetivo de praticar crimes contra o Estado Democrático de Direito.

A denúncia afirma que “o grupo criminoso tentou depor, por meio de violência e grave ameaça, o governo legitimamente constituído”, sendo que isso “implicaria a prática reiterada de delitos até que se pudesse consolidar o regime de exceção pretendido pela massa antidemocrática".

Caso o voto de Moraes prevaleça, os denunciados se tornarão réus e responderão por crimes como:

associação criminosa armada;

abolição violenta do Estado Democrático de Direito;

golpe de Estado;

dano qualificado pela violência e grave ameaça com emprego de substância inflamável contra o patrimônio da União e com considerável prejuízo para a vítima e

deterioração de patrimônio tombado.

Veja vídeos de Mato Grosso do Sul:
Tags:   Polícia
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