O serviço de streaming introduziu uma taxa mensal para usuários repassar dados de acesso com outra família. Para evitar o compartilhamento sem pagar, a Netflix passou a pedir aos usuários que se conectassem ao menos uma vez a cada 31 dias à mesma rede wi-fi da conta principal, seja pelo aplicativo ou pelo site.
Os assinantes espanhóis pagam 5,99 euros (R$ 33,48) por mês para adicionar membros fora de casa.
No balanço publicado em 18 de abril, a empresa disse perceber uma onda de cancelamento nos países onde a medida foi anunciada –Canadá, Nova Zelândia e Portugal, além da Espanha. "Nós projetamos uma alta em aquisição e lucro, quando as pessoas que emprestam contas começarem a ativar as próprias contas ou pagarem para adicionar membros extras."
A pesquisa de opinião da Kantar indica, no entanto, que 10% dos assinantes que continuam na Netflix pretendem deixar o serviço de assinatura neste segundo trimestre. Essa quantidade seria inédita no histórico da empresa.
Após o resultados negativos divulgados em balanço, o serviço de streaming adiou o lançamento de sua nova política de restrição ao compartilhamento de senhas. A empresa havia agendado a restrição em larga escala ao compartilhamento de senhas para o fim de março, mas adiou a medida para o próximo trimestre.
Ainda não há previsão de quando esses termos de uso diferenciados serão aplicados para os usuários no Brasil.
Até 2017, a Netflix divulgava a possibilidade de dividir contas como uma das vantagens de seu serviço.
Hoje, os termos de serviços da Netflix proíbem o compartilhamento de senhas com pessoas fora de sua residência. Porém, a Netflix ainda permite que assinantes tenham acesso irrestrito à plataforma, de acordo com o limite de dispositivos vinculados ao plano assinado.
Se a conta for bloqueada incorretamente, o usuário deve entrar em contato com a Netflix para solicitar o desbloqueio.
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