Segundo a Infraero, 73 voos que partiriam do aeroporto foram cancelados e assim como 67 que chegariam a ele, por causa do incidente. O pequeno avião chegou a sair da pista, parando na área conhecida como taxiway, pouco antes do barranco que fica entre a pista e a avenida Washington Luís. A aeronave transportava cinco pessoas, que não ficaram feridas.
As investigações sobre a causa do acidente estão sendo conduzidas pelo Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes), órgão do Comando da Aeronáutica.
Depois do incidente, a pista auxiliar ficou liberada para a aviação executiva, enquanto a pista principal foi interditada para a retirada da aeronave. Isso provocou um efeito cascata no tráfego aéreo, com vários voos sendo cancelados.
No início da noite, o saguão do aeroporto ficou lotado por passageiros que buscavam informações sobre seus voos. Companhias aéreas recomendaram aos clientes que evitassem ir para Congonhas.
O incidente ocorreu próximo a uma das áreas de escape entregues neste ano em Congonhas. Para a construção das duas estruturas, com custo total estimado de R$ 122 milhões, foram importados 30 contêineres de pedras da Suécia. A obra, contratada a partir de licitação, foi tocada por um consórcio formado por empresas da Suíça e do Brasil. Os modelos analisados são de aeroportos dos EUA.
As estruturas de Congonhas, com cerca de 70 metros de comprimento cada uma nas cabeceiras da pista principal, visam ajudar na frenagem de aviões que não conseguem parar até o limite demarcado no asfalto. Segundo Giuliano Capucho, superintendente de engenharia da Infraero, 1 a cada 5 acidentes aéreos no mundo tem aeronave que excede os limites do asfalto.
As novas áreas de escape são montadas em estruturas metálicas com cerca de 13 metros de altura além da pista. Como se fossem piscinas, elas são cheias com blocos de concreto poroso, formados com pedras sílicas, e tapados com concretagem fina.