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Lideranças estaduais são favorĂĄveis à criação de federação de MDB e PSDB

Durante a inauguração do Espaço Roberto Freire, em Brasília, na noite de quarta-feira, a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, voltou a defender a adesão do MDB à federação de PSDB e Cidadania.

Por Midia NAS em 13/05/2023 às 11:19:27
Durante a inauguração do Espaço Roberto Freire, em BrasĂ­lia, na noite de quarta-feira, a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, voltou a defender a adesão do MDB à federação de PSDB e Cidadania.
No dia seguinte, o presidente nacional do Cidadania, Roberto Freire, enviou mensagem a aliados com pedido de apoio à proposta, que enfrenta resistĂȘncia no próprio partido e de uma ala do PSDB liderada pelo deputado federal Aécio Neves (MG).
"A vida estĂĄ indicando que ou fazemos a ampliação ou vamos definhar ou até mais rapidamente morrermos", disse Roberto Freire na mensagem. Em novembro do ano passado, o então marqueteiro da campanha de Simone Tebet à PresidĂȘncia da RepĂșblica, Felipe Soutello, disse que uma federação poderia fortalecer os partidos de centro.
Na avaliação dele, seria muito importante se MDB, PSDB, Cidadania, Podemos e PDT se juntassem. "Precisa ter uma concentração de partidos para que esse miolo da sociedade consiga ter um respiro e se fortalecer. A federação MDB, PSDB, Cidadania, talvez Podemos, talvez PDT, é muito importante", disse.
Para Felipe Soutello, era preciso fortalecer as lideranças porque o centro é especialista em jogar contra seu próprio time. Ainda no ano passado, os presidentes nacionais do Podemos, Renata Abreu, do PSDB, Bruno AraĂșjo, do MDB, Baleia Rossi, e do Cidadania, Roberto Freitas, chegaram a se encontrar para discutir a criação de uma federação e até colocaram na mesa a possibilidade de se fundirem, mas as conversas não avançaram.
REPERCUSSÃO
O Correio do Estado aproveitou a volta do assunto para a pauta de discussão e procurou algumas lideranças estaduais do MDB e PSDB em Mato Grosso do Sul, e a maioria tem o mesmo pensamento da ministra Simone Tebet, mas, mesmo assim, considera muito difĂ­cil em nĂ­vel de Brasil.
O ex-ministro da Secretaria de Governo na gestão de Michel Temer Carlos Marun, membro da executiva nacional do MDB, disse ao Correio do Estado que vĂȘ a possibilidade como um bom caminho, mesmo que nesse caminho existam muitos obstĂĄculos.
"A existĂȘncia da federação exige que os partidos que a compõem durante o prazo de sua existĂȘncia atuem praticamente como um só partido. Então, terão de lançar chapas conjuntas, tanto para as eleições proporcionais quanto para as eleições majoritĂĄrias", reforçou Marun.
Ele ainda disse que isso significaria, por exemplo, que, em todos os municĂ­pios do Brasil, nas próximas eleições municipais, esses trĂȘs partidos estivessem juntos e em torno de uma Ășnica candidatura.
"Então, aĂ­ é possĂ­vel avaliar as dificuldades. Agora, o presidente Baleia Rossi é um entusiasta disso. São partidos de centro, estivemos juntos apoiando a candidatura de Simone Tebet nas Ășltimas eleições presidenciais e, repito, eu também me incluo entre aqueles que pensam que esse caminho deve ser tentado e com muita perseverança", afirmou o ex-ministro.
O ex-governador André Puccinelli (MDB), presidente honorĂĄrio do partido em MS, também foi procurado pela reportagem para dar seu parecer sobre essa possĂ­vel federação partidĂĄria do seu partido com o PSDB. No entanto, ele não quis comentar a possibilidade, pois não era um fato concreto.
O Correio do Estado também entrou em contato com o ex-governador Reinaldo Azambuja, que é o presidente estadual do PSDB em MS, e ele se disse favorĂĄvel à criação de uma federação com o MDB.
"No ano passado, quando surgiu essa discussão, eu fui um dos favorĂĄveis no PSDB. Algumas vozes no partido foram contra, mas continuo sendo a favor. Acredito que aqui em Mato Grosso do Sul não teria nenhum problema", garantiu.
JĂĄ o deputado federal Beto Pereira (PSDB-MS), ex-prefeito de Terenos e pré-candidato a prefeito de Campo Grande, também é um entusiasta da possibilidade de uma federação partidĂĄria com o MDB.
"Acredito ser importante para os partidos na eleição municipal. Principalmente observando a conjuntura nacional", declarou, considerando que, em nĂ­vel de Mato Grosso do Sul, não teria problema, mas, em escala nacional, talvez se tenha muitas dificuldades, pois hĂĄ muitas diferenças regionais.
SAIBA
A Lei nÂș 14.208, sancionada em 28 de setembro de 2021, é responsĂĄvel por regulamentar a criação de federações partidĂĄrias no Brasil. Seu conceito estĂĄ expresso no Artigo 11-A:
Dois ou mais partidos polĂ­ticos poderão reunir-se em federação, a qual, após sua constituição e respectivo registro perante o TSE, atuarĂĄ como se fosse uma Ășnica agremiação partidĂĄria. A federação partidĂĄria permite que dois ou mais partidos polĂ­ticos se unam não somente nas eleições, mas também durante a legislatura. Essa união ocorrerĂĄ no perĂ­odo que vai desde o perĂ­odo eleitoral até o fim dos quatro anos do mandato.

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