A plataforma que cria as músicas por IA e ajuda seus servidores a publicá-las no streaming se chama Boomy, que também recebe uma parte das taxas de distribuição. O equivalente a 7% de suas canções foram removidas do Spotify, segundo reportagem do Financial Times.
Em seu site, Boomy diz que seus usuários já criaram mais de 14 milhões de músicas, o que equivale a cerca de 14% de músicas gravadas no mundo.
Isso mostra que nunca foi tão fácil criar músicas e adicioná-las no Spotify, além de ser remunerado com a ajuda de bots que fingem ser pessoas. E isso vem alarmando grandes empresas como a Universal Music Group.
Segundo o Financial Times, o grupo enviou cartas a todas as plataformas de streaming pedindo que elas não permitam que a tecnologia de inteligência artificial se treine e se desenvolva usando música protegida por direitos autorais.
A empresa representa grandes artistas como Ariana Grande, Harry Styles e Drake. Este último esteve envolvido em um caso envolvendo músicas criadas por IA.
Recentemente, viralizou nas redes sociais a música "Heart on my Sleeve" de Drake e The Weeknd criada por um software chamado SoftVC VITS, sem eles terem feito uma parceria musical de verdade. O conteúdo só foi apagado das plataformas depois que alcançou milhões de visualizações e streams no TikTok, YouTube e Spotify, além de seus criadores serem pagos.
Enquanto isso, alguns artistas como David Guetta e Grimes resolveram abraçar a IA e essa nova era que a indústria musical está enfrentando.
O DJ francês, por exemplo, utilizou IA para criar uma canção com a voz do rapper Eminem em um de seus shows. Já Grimes afirmou no Twitter que permite que qualquer um use sua voz para criar música.