As regras foram lançadas pela Fifa ao longo de março de 2022, semanas após a invasão da Ucrânia pela Rússia. A guerra paralisou o Campeonato Ucraniano, afetou em parte o Campeonato Russo e fez muitos jogadores e treinadores deixarem estes países de forma urgente.
A Fifa, então, estabeleceu exceções para permitir o fim destes contratos de forma unilateral, por decisão dos próprios atletas e treinadores, sem depender da concordância dos clubes, o que gerou debates e até ações na Corte Arbitral do Esporte (CAS), que acabou corroborando as exceções criadas pela Fifa.
Mas a entidade máxima do futebol mundial não apenas estendeu estas regras especiais. Também atualizou os termos e criou exceções, que alcançam aqueles que decidiram permanecer no futebol da Ucrânia e da Rússia, mesmo depois do estabelecimento das regras especiais, em março do ano passado.
"Jogadores e treinadores estrangeiros que tenham, apesar da guerra na Ucrânia, decidido chegar ao país, voltar ou não deixar o território da Ucrânia ou Rússia, não poderão usar o Anexo 7 para suspender seu contrato em vigor", explicou a Fifa.
Na prática, jogadores e treinadores que não suspenderam seus contratos quando possível e que sigam com seus clubes, agora não poderão fazê-lo de forma unilateral. O mesmo vale para atletas e técnicos que tiveram seus vínculos finalizados de forma natural ou renovaram seus contratos após o dia 7 de março de 2022.
As novas regras também impedem jogadores e treinadores que tenham rescindido de forma unilateral de serem pagos por uma nova transferência, seja em contratos permanentes ou de empréstimo. Na prática, eles se ficaram livres no mercado, sem necessidade de pagamento ao jogador ou ao clube anterior. E eles também não poderão assinar novo vínculo com clubes da Ucrânia e da Rússia.
"A Fifa vai continuar a monitorar de perto a situação na Ucrânia e na Rússia e vai garantir que o quadro regulatório seja adaptado, se necessário", avisou a entidade, em comunicado.