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Contradições e saco de retalhos ajudaram a elucidar caso de idoso esquartejado e armazenado em freezer

Aparecida Graciano de Souza, de 61 anos, presa por esquartejar o companheiro, manteve partes do corpo dele no congelador onde armazenava alimentos que usava para fazer lanches que vendia.

Por Midia NAS em 27/05/2023 às 11:58:24

Aparecida Graciano de Souza, de 61 anos, presa por esquartejar o companheiro, manteve partes do corpo dele no congelador onde armazenava alimentos que usava para fazer lanches que vendia. A polícia civil elucidou o caso de esquartejamento em que o tronco, posteriormente identificado como Antonio Ricardo Cantarin, de 64 anos, que foi encontrado dentro de uma mala às margens da BR-158. Após ações ininterruptas, em menos de 48 horas o crime foi esclarecido e a responsável, presa, na sexta-feira (26/5) em Selvíria (MS).

Um popular que avistou uma mala preta, às margens da rodovia BR-158, nas proximidades de uma empresa, com muitas moscas voando em volta. Quando ele abriu se deparou com o tronco do idoso e imediatamente acionou as autoridades. A perícia técnica esteve no local e como havia apenas uma parte do corpo de momento não foi possível a identificação. A investigação seguiu em andamento contatando municípios vizinhos para informar o achado de cadáver em Selvíria.

Os investigadores consultaram câmeras de monitoramento assim como conversaram com pessoas nos arredores. Foi quando a equipe recebeu a informação de que no bairro Véstia a autora Aparecida Silvéria disse aos vizinhos uma versão em que o companheiro teria sido levado por parentes na madrugada do último domingo (21/5). Com as informações a equipe policial seguiu até a residência.

Em conversas Aparecida entrou em contradição ao negar que era casada com a vítima Antônio, mesmo os dois tendo convivido juntos por 18 meses e residirem na mesma casa. Ainda de acordo com as informações levantadas Antônio sofreu um AVC e tinha dificuldade para se locomover. Como entrou em diversas contradições ela foi encaminhada até a delegacia.

O investigador levantou com vizinhos que estavam preocupados com o sumiço do senhor Antônio. Segundo informações relatadas ele era constantemente deixado sozinho em casa e na segunda-feira (22/5) a autora começou a espalhar a notícia de que ele foi levado por familiares durante a madrugada para fazer tratamento em São José do Rio Preto no estado de São Paulo.

Os vizinhos desconfiaram dessa versão e relataram que na terça ou quarta, dois homens foram até a residência entraram e depois de alguns minutos Aparecida saiu com eles em um veículo Pálio. Uma das vizinhas que limpou a residência dos idosos em uma ocasião disse que durante a faxina viu vários retalhos de roupas. Foi mostrado a ela uma foto de retalhos encontrados junto ao tronco da vítima e ela confirmou que viu o mesmo material na casa de Aparecida.

Ao conversar com Aparecida, ela acabou confessando que matou Antônio. Na segunda-feira (22/5) comprou veneno para rato. Quando chegou em casa Antônio estava deitado na cama. Ela disse ao companheiro que ele tinha que tomar remédio e deu veneno para ele ingerir. Posteriormente ele passou o dia inteiro deitado na cama agonizando sendo que no período noturno ela reparou que ele estava morto.

No dia seguinte ela esquartejou o companheiro e colocou a cabeça e membros superiores e inferiores em sacos separados, depois armazenou em um freezer. Já o tronco colocou dentro de uma mala de cor preta e deixou no quarto. Somente no outro dia, ou seja na quarta-feira (24/5), ela chamou dois homens para carregar a mala devido ao peso que foi colocado no banco traseiro do veículo.

Aparecida afirmou que eles não sabiam do conteúdo na mala e contou que se tratava de retalhos e para justificar o mau cheiro disse se tratar de material retirado da laje que devia ter rato e morcego junto. Pela ajuda para o descarte na BR-158 pagou R$ 30 reais.

Ela retornou para a residência e no freezer havia 5 sacos plásticos com a cabeça e os membros superiores e inferiores do idoso. Na sexta-feira (26/5) pela manhã colocou o saco em seu veículo e novamente pegou a rodovia BR-158 e dessa vez seguiu sentido Três Lagoas, nas proximidades do quilômetro 208 parou o carro e jogou os sacos com os restos do corpo da vítima. Para retornar dirigiu até Três Lagoas e tomou a via Paulista que liga a rodovia Marechal Rondon à cidade de Ilha Solteira (SP).

Aparecida Graciano de Souza, de 61 anos, foi presa em flagrante pela Autoridade Policial, que no mesmo ato representou pela sua prisão preventiva.

Homem esquartejado possui passagem por estupro de vulnerável

Antônio Ricardo Catarin, possui passagem por estupro de vulnerável no ano de 2018. À época, a mãe de uma menina de 11 anos contou que estava em um almoço em família em sua residência e Antônio era um dos convidados. A filha ficou nervosa com a presença e ficou nítido que não queria ficar perto dele.

Segundo informado Antônio era considerado como um avô para a genitora da vítima, pois ele foi casado com sua avó que já é falecida. Quando todos foram embora ela foi conversar com a filha para saber o motivo de estar tão nervosa. A criança relatou que Antônio mostrou o pênis para ela e também passou a mão em sua genital.

Além disso, ele pediu para a vítima pegar em seu pênis e a situação ocorreu há aproximadamente dois anos, quando a esposa dele faleceu. A mulher relatou que por considerá-lo como avô levou o autor para morar em sua casa.

Após saber que a menina contou tudo, durante a noite o autor voltou até a casa das vítimas e com uma faca na mão insistia em conversar com elas, sabendo que o pai da menina não estava em casa por ser vigilante noturno.

Ela afirmou que Antônio queria matá-la pois disse a ele que procuraria a polícia para relatar o que havia feito com a filha dela.





Tags:   Polícia
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