Foi a segunda edição da operação chamada Uru Praesidium e realizada com o apoio do Ibama e do Ministério Público Federal para combater garimpos ilegais e crimes contra o meio ambiente em área de preservação.
Segundo a polícia, o maquinário destruído ou apreendido valia R$ 2 milhões.
Cinquenta policiais federais e servidores do Ibama e do Ministério Público participaram da ação, realizada em pontos de alertas de desmatamento localizados ao sul da terra indígena.
Os invasores poderão responder pelos crimes de furto, receptação, associação criminosa e delitos previstos na Lei de Crimes Ambientais, como transporte ilegal de madeira, destruição de floresta nativa e usurpação de patrimônio da União (garimpo de ouro). As penas podem ultrapassar 15 anos de prisão.
A primeira edição da operação foi realizada em maio deste ano. Segundo a Polícia Federal, na ocasião foram destruídos equipamentos no valor de R$ 4 milhões.
A Terra Indígena Uru-Eu-Wau-Wau foi alvo de invasões de grileiros nos últimos anos. Em 2019, a Folha mostrou que dezenas de grileiros entraram no território em área próxima ao município Jorge Teixeira, a 322 km de Porto Velho.
No mesmo ano, o Ministério Público Federal alertou que trabalhadores rurais eram iludidos por golpistas com promessas de lotes de terra no local.
A terra indígena é demarcada desde 1991, possui as nascentes dos principais rios de Rondônia e é berço de 12 sub-bacias hidrográficas fundamentais para a biodiversidade e o equilíbrio climático.