O clube afirma que Abel é alvo de "atitudes persecutórias" e pede "o mesmo tratamento concedido aos seus colegas de profissão pelas comissões de arbitragem". "A explicação contida na súmula para a expulsão do nosso técnico, ontem (quarta-feira), contra o Fortaleza, falta com a verdade e será contestada pelo clube nas esferas competentes", escreveu o Palmeiras.
"Não podemos aceitar atitudes persecutórias contra um profissional competente e vitorioso que, ao longo de mais de dois anos de trabalho à frente do Verdão, vem valorizando o futebol brasileiro de forma inconteste", cobrou o clube paulista.
Após o duelo que classificou o Palmeiras para as quartas de final da Copa do Brasil, Abel ironizou o número excessivo de cartões recebidos por ele. "Há esse lado positivo. Ficar em casa, não viajar, curtir a família, comandar o jogo sentado no sofá, beber minha água com gás, tranquilo, perna cruzada em cima do sofá, com os fones de ouvido, desfrutando da minha equipe, com orgulho que tenho de vê-la jogar. Se o clube quiser prolongar meu contrato nessas condições, eu passo a comandar a equipe de casa, se me deixarem", afirmou o técnico.
Abel Ferreira disse, ainda, que o apertado calendário do futebol brasileiro também é prejudicial aos árbitros. De acordo com o comandante alviverde, se os árbitros estivesses mais "oxigenados" e descansados, não cometeriam tantos erros e, assim, não provocariam tantas reclamações dos técnicos.
"Se queremos bons jogos, temos de dar condições para os jogadores repousarem. Daqui a três dias, temos de jogar outra vez. Vou levar mais uns cartões para descansar, mas não sou o único que precisa descansar. Jogadores e árbitros também para estarem 'frescos' para tomar decisões."