Antes de tocar "Jesus Não Tem Dentes no País dos Banguelas", o cantor e compositor fez um discurso sobre como as letras das músicas da banda dos anos 80 ainda ecoam nos acontecimentos do Brasil atual.
"Tão alegre e tão emocionante quanto reencontrar meus amigos é a importância e o prazer de tocar junto com eles músicas que fizemos há muito tempo, décadas atrás...E a importância delas ficar evidente dada à forte comunicação que ela tem com o que penso hoje, com o que nós pensamos hoje e, de forma até assustadora, com o que é o Brasil", começou o cantor.
"O Brasil, logo depois da redemocratização, quando basicamente começamos, tinha ali uma promessa de futuro, tinha uma sombra de passado, uma perspectiva. E, de certa maneira, vivemos um quadro aterrador nos últimos quatro anos que faz com que esse reencontro tenha também conexão com o momento onde escrevemos aquelas canções. Por isso, elas estão ainda mais fortes, mais firmes, atuais e expressam aquilo que sempre acreditamos e estamos aqui para reiterar", disse Reis.
Ele emendou, então, a música que dá nome ao álbum de 1987 e, logo depois, cantou também "Nome aos Bois". Nela, incluiu o nome de Jair Bolsonaro à lista de ditadores e tiranos citados na letra da canção.