A pecuária foi a principal atividade econômica de Mato Grosso do Sul por anos. Mas começa a perder força e espaço para a agricultura e a industrialização de produtos no Estado. Apesar da tendência nacional de retração do setor, Mato Grosso do Sul se mantém como o 5° maior exportador de carne no Brasil.
Em 14 de outubro se comemora o Dia Nacional da Pecuária. O setor enfrenta mudanças e retração, entre elas o valor bruto da produção de bovinos caiu quase R$ 1,5 bilhão entre 2021 e 2022. Passando de R$ 17 bilhões para 15,5 bilhões. No geral, o VBP da Pecuária retraiu R$ 1,7 bilhão, caindo de R$ 23 bilhões em 2021 para R$ 21,2 bilhões em 2022.
Nacionalmente, a disponibilidade de carne bovina por pessoa por ano deve chegar a 24,8 quilos em 2022, segundo projeção da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Essa é a menor quantidade de consumo per capita desde o início da série histórica, em 1996. Em contrapartida, as exportações do produto devem bater novo recorde.
Em contrapartida, a exportação de carne bovina e produtos de carne subiu 27,5% entre janeiro e setembro de 2021 e 2022, em termos de valores. O produto representa 14,8% da pauta de exportações.
O faturamento das exportações com carne bovina soma US$ 867 milhões entre janeiro e setembro de 2022, o que representa aumento de US$ 17 milhões quando comparado a tudo que foi exportado de proteína bovina em 2021. Consultor Técnico do Senar/MS, Gabriel Mambula explica que o setor está produzindo mais, sendo mais eficientes e produzindo com sustentabilidade.
"A arrecadação da cadeia com o faturamento das exportações é distribuída em todos os elos do setor, passando por transporte, indústria, funcionários, produtores e fornecedores de insumos, além de vários trabalhadores indiretos ligados à pecuária de corte. Ao longo de 12 anos, obtivemos melhores índices de produtividade dentro da porteira", afirma.