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Falso sequestro: R$ 50 mil foi dissolvido em vĂĄrias contas após golpe do bilhete premiado

Idosa relatou que inventou que estava com amiga e só procurou a polĂ­cia horas após o crime por vergonha

Por Midia NAS em 28/06/2023 às 09:45:23
Delegado Fábio Peró, do Garras. (Foto: Fabio Oruê - Jornal Midiamax)

Delegado Fábio Peró, do Garras. (Foto: Fabio Oruê - Jornal Midiamax)

A vĂ­tima de extorsão, do falso sequestro ocorrido nessa terça-feira (27) em Campo Grande, fez a transferĂȘncia dos R$ 50 mil sozinha em uma agĂȘncia bancĂĄria e o dinheiro foi "dissolvido" em vĂĄrias contas. Envergonhada de ter caĂ­do em um golpe, a idosa de 65 anos só procurou a polĂ­cia horas após o crime. Os dois autores ainda são procurados.

Conforme explicado pelo delegado FĂĄbio Peró, do Garras (Delegacia Especializada em Roubos a Bancos, Assaltos e Sequestros), a vĂ­tima teria inventado a história de que estava com uma amiga por sentir vergonha de admitir à famĂ­lia que caiu em um golpe.

Ela relatou em depoimento que foi abordada por uma mulher, na Avenida Afonso Pena, que disse que se chamava Maria. A idosa teria perguntado "Ă© a Maria de ?" e a criminosa confirmado. Em seguida, a autora comentou que teria recebido um bilhete premiado da loteria e precisava de uma quantia para fazer a retirada do prĂȘmio.

 

Foi quando a vĂ­tima confiou na autora e as duas seguiram inicialmente a pĂ© atĂ© uma agĂȘncia bancĂĄria. No trajeto, a suposta amiga teria dito que era melhor elas chamarem um motorista, mas não tinha o aplicativo baixado no celular. O comparsa apareceu e teria dito ser motorista de aplicativo, oferecendo levĂĄ-las.

Conforme explicado pelo delegado, a idosa afirmou que tinha o valor de R$ 50 mil, de economias, e desceu sozinha no banco para fazer a transferĂȘncia, na boca do caixa, acreditando estar ajudando uma amiga. A vĂ­tima foi abordada por volta das 10h, mas só procurou a delegacia às 17h.

Isso porque, segundo apurou a investigação, os criminosos ficaram percorrendo a cidade atĂ© que o valor fosse transferido para diversas contas, para que só então fosse sacado. Após conseguirem, a quadrilha deixou a idosa próximo ao local onde ela foi abordada.

 

"Ela só se deu conta que tinha caĂ­do em um golpe quando mandaram ela sair do carro", afirmou Peró. A polĂ­cia suspeita que a transferĂȘncia do valor de R$ 50 mil possa ter sido facilitado, jĂĄ que trata-se de alta quantia, devido a conta inicial dos criminosos e a conta da idosa serem da mesma instituição bancĂĄria.

Os autores ainda são procurados e estariam em um VW Gol branco. Foram feitas buscas em hotĂ©is próximos à região da antiga rodoviĂĄria, onde os criminosos poderiam estar hospedados, mas ninguĂ©m foi encontrado. O delegado explica que Ă© comum nessa modalidade de crime os autores ficarem temporariamente em algumas cidades.

Bilhete de R$ 17 milhões

A vĂ­tima de 65 anos disse em depoimento que foi chamada pela suposta amiga que dizia morar em Bandeirantes para ajudĂĄ-la a ir atĂ© a Caixa Econômica Federal para resgatar um bilhete premiado no valor de R$ 17 milhões. Segundo a idosa, a amiga chegou a mostrar o bilhete do prĂȘmio e após o pedido de ajuda, as duas mulheres foram a pĂ© atĂ© a agĂȘncia bancĂĄria, mas no trajeto acabaram pegando um motorista de aplicativo, na Avenida Ernesto Geisel.

Quando as mulheres estavam no carro, o motorista sacou uma arma e pegou a bolsa da idosa e dentro ele achou um extrato bancĂĄrio e vendo o saldo levou as mulheres atĂ© a Caixa Econômica Federal da Avenida Afonso Pena, onde mandou que ela fizesse a transferĂȘncia para a conta de uma mulher. 

A mulher foi ameaçada de morte pelo bandido, caso a idosa não fizesse a transferĂȘncia e com medo de que a mulher fosse assassinada, a vĂ­tima fez o que o bandido ordenou. Em seguida, ela foi liberada pelo autor que fugiu levando a 'amiga'.

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