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Condenada por matar enteado de 1 ano e meio é encontrada morta em cela de presídio em Corumbá

Corumbá (MS)- Condenada por assassinar o enteado de um ano e meio se matou no presídio onde cumpria pena na noite desta quarta-feira (6), em Corumbá.

Por Midia NAS em 06/07/2023 às 19:03:31

Corumbá (MS)- Condenada por assassinar o enteado de um ano e meio se matou no presídio onde cumpria pena na noite desta quarta-feira (6), em Corumbá. Jéssica Leite Ribeiro, 27, foi encontrada enforcada com um lençol no banheiro da cela que dividia com outras duas internas.

Jéssica cometeu o crime no dia 16 de agosto de 2018, em Dourados. Ela espancou o menino até a morte por não suportar o choro dele. Em 10 de março de 2020, ela foi julgada e condenada a 17 anos e seis meses de reclusão em um júri popular que durou 15 horas. Como Dourados não tem presídio feminino de regime fechado, ela foi transferida para Corumbá.

Segundo as informações apuradas, Jéssica teria dito às colegas de cela que não aguentava mais a situação e que iria tirar a própria vida como forma de “alívio”. Por volta de 23h10 desta quarta-feira, ela foi achada morta pelas internas, que acionaram os agentes penitenciários. A Polícia Civil e a perícia foram chamadas para investigar o caso.

A Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário) informou que também vai abrir um procedimento para apurar as circunstâncias do suicídio. A progressão de Jéssica para o regime semiaberto estava prevista para junho de 2024. O corpo dela vai ser levado para velório e enterro em Dourados.

O Crime

Jéssica foi denunciada por homicídio qualificado por meio cruel, acusada de ter pisado propositalmente no enteado e ter incentivado a irmã dele, de 3 anos, a apertar a barriga do menino acreditando que ele chorava por estar constipado.

Ainda em 2020, a defesa recorreu ao Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul pedindo novo júri, mas a 1ª Câmara Criminal negou, por unanimidade, a anulação do julgamento por júri popular.

"Não há que se falar em nulidade do julgamento, eis que o dolo é inequívoco", afirmou a 1ª Câmara Criminal. A decisão de segunda instância recordou que Jéssica tinha colocado o bebê sobre uma bancada para preparar a mamadeira. A criança caiu e começou a chorar.

Jéssica teria ficado irritada e ao perceber que o menino fazia força, acreditando que se encontrava constipado, determinou que a irmã subisse em cima da barriga dele.

"A vítima, obviamente, não cessava o choro, no que a ré ajoelhou-se, apertou com muita força a barriga, flexionou-lhe as pernas, pisou-lhe nas costelas, pedindo, a todo tempo, para a menina apertar a barriga do irmão. A criança, já no colo da ré, suspirou e morreu", afirmou o Tribunal. "Se comprovou que o meio impingido prolongou em demasia o sofrimento da criança, além de ter exposto sua irmã a uma cena de horror inesquecível".

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