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Em alerta para incêndios florestais, biomas de MS são monitorados

O Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso do Sul está em alerta para atuar em caso de incêndios florestais o Pantanal, Cerrado e também na Mata Atlântica, biomas presentes no Estado.

Por Midia NAS em 18/07/2023 às 14:25:24

O Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso do Sul está em alerta para atuar em caso de incêndios florestais o Pantanal, Cerrado e também na Mata Atlântica, biomas presentes no Estado.

O alerta começou ontem (17), após a publicação da portaria do Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul) que suspende as autorizações ambientais de "queima controlada" até 31 de dezembro deste ano.

"Por estarmos em período de estiagem e baixa umidade relativa do ar, e mesmo no inverno temos dias que a temperatura ultrapassa os 30°C. Aliada a vegetação seca, é um cenário com grande risco de incêndios florestais no Estado", explica a tenente-coronel Tatiane Inoue, chefe do CPA (Centro de Proteção Ambiental) do Corpo de Bombeiros Militar de MS.

Na prática, o período é de cautela e monitoramento constante, e caso haja ocorrências as equipes estão a postos em diferentes regiões do Estado, como ocorreu no dia 7 de julho. Na ocasião com uso de técnicas de combate aos incêndios florestais aliadas a tecnologia, o Corpo de Bombeiros Militar conseguiu extinguir o fogo da região de Nabileque, próximo ao Forte Coimbra, no Pantanal.

A linha de fogo chegou a atingir aproximadamente 4km de extensão. As chamas foram controladas após dois dias de trabalho e para garantir a segurança da área, as equipes mantiveram o monitoramento da região até o dia 12 de julho.

"Nos meses de agosto e setembro é estabelecido o período proibitivo do uso do fogo em todo o Estado. E no Pantanal, se estende ainda, pelo mês de outubro. Contudo, considerando o cenário crítico, esse período pode ser antecipado ou estendido como ocorreu nos últimos anos, por conta dos grandes incêndios e seca que assolaram o Estado nos três biomas presentes aqui, Cerrado, Pantanal e Mata Atlântica. Para a extensão desse período, analisamos e consideramos os estudos contínuos realizados", afirmou a tenente-coronel Tatiane.

Em alerta para incêndios florestais, biomas de MS são monitorados
no Parque Estadual das Várzeas do Rio Ivinhema,
Em alerta para incêndios florestais, biomas de MS são monitorados
ação que serviu como treinamento e preparação para o período de alerta

Suspensão de queima controlada

A suspensão das autorizações de "queima controlada" está embasada na nota técnica emitida pelo Cemtec/MS (Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima), que analisou as tendências meteorológicas e focos de calor para o trimestre julho, agosto e setembro, indicando a necessidade de suspensão das atividades com uso do fogo para prevenir eventuais incêndios florestais.

"O corpo de bombeiros não atua somente na extinção, nós trabalhamos o ano inteiro. Principalmente em ações de planejamento, prevenção e preparação para os incêndios florestais. Nosso Estado possui legislação inovadora, que é referência, o Plano de Manejo Integrado do Fogo (PMIF) que nos possibilita o melhor controle e preparo do ambiente para que não haja incêndios. Mas se mesmo assim ocorrerem, os investimentos que o Estado tem feito, possibilita ao Corpo de Bombeiros uma resposta mais efetiva. Hoje contamos com duas aeronaves para o combate aos incêndios florestais e investimentos em equipamentos, capacitação e tecnologia", explicou a chefe do CPA.

O uso da tecnologia contribui para as ações de monitoramento e preservação do Pantanal e do Cerrado em Mato Grosso do Sul, no trabalho desenvolvido pelo Corpo de Bombeiros no combate aos incêndios florestais.

Em alerta para incêndios florestais, biomas de MS são monitorados
Com equipamentos de tecnologia e
Em alerta para incêndios florestais, biomas de MS são monitorados
de proteção adequados, a atuação
Em alerta para incêndios florestais, biomas de MS são monitorados
no combate aos incêndios florestais é mais ágil

Com drones, equipamentos de proteção individual específicos para garantir segurança (roupas e botinas resistentes as chamas), monitoramento via satélite por meio de convênios com a Nasa – agência do governo dos Estados Unidos –, PF (Polícia Federal), Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) e Imasul, além de tecnologia de navegação, dados e inteligência artificial, a atuação dos bombeiros é cada vez mais específica e qualificada para evitar e mitigar os danos causados pelos incêndios florestais.

"Nossas guarnições de especialistas vão a campo com drones, notebooks, aplicativos de geoposicionamento que funcionam até mesmo off-line. E no setor de geomonitoramento que funciona no CPA são processadas informações cruciais para o combate, com mapas de calor, imagens do terreno, direção e velocidades do vento. Utilizamos plataformas da Nasa, do Inpe, da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), e recentemente firmamos um termo com a PF para utilizarmos as informações da chamada Constelação Planet (Scope) que conta com 150 satélites que nos possibilita menor tempo de análise com qualidade de imagem", disse a tenente-coronel.

O trabalho tem forte impacto e ligação com as ações para neutralização de carbono, até 2030, no Estado. "Lembrando que MS tem o compromisso da neutralização da emissão de carbono e tem trabalhado muito para atingir esse objetivo. Por isso, na Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação) existe o Comitê do Fogo. O Corpo de Bombeiros e diversos outros entes do Estado, iniciativa privada, e organizações não governamentais, unem forças e conhecimento de forma solidária para a preservação do meio ambiente. Tanto que MS foi referenciado pelo Inpe como um exemplo a ser seguido", finalizou.

A ação integrada do Governo do Estado para prevenir e controlar os incêndios no Pantanal e em outros biomas de Mato Grosso do Sul já surte efeito com a redução significativa de áreas queimadas.

Levantamento do Cemtec (Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima de MS) divulgado em abril deste ano, aponta redução de 74,7% nos focos de calor nos três biomas do Estado – Pantanal, Cerrado e Mata Atlântica -, entre 2021 e 2022, passando de 9.377 para 2.368 ocorrências.

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