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Férias escolares: 5 cuidados para ter com a alimentação das crianças

As férias escolares mudam completamente os hábitos alimentares das crianças que, durante esse período, tendem a consumir mais produtos industrializados.

Por Midia NAS em 22/07/2023 às 13:17:23

As férias escolares mudam completamente os hábitos alimentares das crianças que, durante esse período, tendem a consumir mais produtos industrializados. Além disso, elas também passam maior tempo em frente às telas, o que associado a má alimentação contribui para o desenvolvimento de obesidade.

De acordo com dados do World Obesity Atlas 2023, mais de 35 milhões de crianças e adolescentes têm obesidade em todo o mundo. Estima-se que até 2035, 49 milhões de meninos e meninas entre 5 e 19 anos estejam obesos.

Para a endocrinologista e presidente do Instituto da Pessoa com Diabetes, Angela Nazário, a educação alimentar é essencial para combater esse cenário. "As pessoas que estarão obesas no futuro são as nossas crianças e adolescentes de hoje. E lá na frente é muito mais difícil perder peso e recuperar a qualidade de vida. Por isso, é tão importante falar sobre a obesidade infantil, e os pais têm um papel fundamental na prevenção. Se os armários e geladeiras estiverem cheios de comidas saudáveis, as crianças terão uma alimentação melhor", defende ela.

Diabetes tipo 2 na infância

De acordo com o endocrinologista especializado em crianças e adolescentes, Mauro Scharf, que também integra o instituto, a obesidade na infância pode trazer consequências para a juventude e a vida adulta, entre elas, o diabetes tipo 2.

"Uma das principais consequências da obesidade é o surgimento do diabetes tipo 2, caracterizado por uma resistência à ação da insulina no organismo, o que resulta em uma alta concentração de açúcar no sangue. É fundamental que os pais estejam em alerta, orientando e interferindo nos hábitos das crianças para evitarmos obesidade e, especialmente, tudo o que vem associado a ela", alerta ele.

O diabetes tipo 2 representa 90% dos casos de diabetes no mundo, e sempre foi mais comum em pessoas acima dos 50 anos. "Até 10 anos atrás a gente não tinha casos de diabetes tipo 2 em crianças. Isso era muito raro. Hoje a frequência de crianças com diagnóstico de DM2 é muito maior e preocupante. Sabemos que isso está relacionado à obesidade, o que significa que, além dos fatores genéticos, temos um problema na alimentação dessas crianças desde cedo", afirma.

Planejamento é a chave

Para Thayná Guimarães, nutricionista do Instituto da Pessoa com Diabetes, o planejamento alimentar de toda a família é a melhor forma de cuidar da saúde das crianças. "Os pais são os exemplos para os filhos e são eles quem decidem quais alimentos entram em casa. O combate à obesidade infantil exige uma união e esforço de todos, o que, na verdade, só trará benefícios, tanto para os pais quanto para as crianças", explica.

Tags:   Saúde
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