Segundo as diligências da Polícia Civil, uma das linhas de investigação é de que o crime contra o médico Gabriel Paschoal Rossi, 29 anos, encontrado morto em uma casa de aluguel por temporada, na cidade de Dourados, a 225 quilômetros de Campo Grande, na manhã desta quinta-feira (3), tenha sido passional. Detalhes sobre o possível motivo não foram revelados.
O profissional havia saído de plantão após receber ligação de uma mulher. Dias depois, foi encontrado morto com os pés amarrados.
Conforme o delegado Erasmo Cubas, da SIG (Seção de Investigações Gerais), da 2ª DP de Dourados, a vítima teria sido atraída para uma emboscada. "Ele compareceu lá a pedido de alguém, onde os fatos se desenrolaram", disse.
A polícia trabalha com várias linhas, mas segundo o delegado, a principal hipótese é de que o crime tenha motivação passional.
Apesar da família procurar pela vítima desde o último dia 27, a polícia foi informada do desaparecimento do médico só na quarta-feira (2),
Logo, as investigações começaram e, com a ajuda da Polícia Militar, localizaram o veículo da vítima em frente a uma residência na Vila Hilda. Ao entrarem, o corpo do médico foi encontrado em estado de putrefação, ou seja, estava morto a alguns dias.
A perícia papiloscópica e a criminal realizaram os serviços no local. "Encontramos alguns vestígios que estão colaborando na investigação. O corpo estava amarrado", explicou.
As investigações, segundo Cuba, dão conta de que a vítima teria ido sozinha até a casa, sem estar forçada. "Ela compareceu lá a pedido de alguém, onde os fatos se desenrolaram", disse.
Agora, a polícia aguarda o laudo da Perícia para saber a causa da morte, se realmente foi asfixia ou provocado por outro objeto.
Casa alugada por 2 pessoas: A casa onde o corpo foi encontrado havia sido alugada há 15 dias por duas pessoas, ainda não identificadas. Elas pagaram adiantado pelo aluguel que foi feito por um aplicativo. Os vizinhos não desconfiaram, já que o local era alugado por diária.
No dia 29 de julho era para o médico ter cumprido plantão na UPA (Unidade de Pronto Atendimento), mas não apareceu, bem como no sábado (30), no Hospital da Vida. Amigos e familiares mantêm contato pelo WhatsApp dele, mas desconfiam que outra pessoa possa estar respondendo.
Os policiais foram até o apartamento dele, mas encontraram o local intacto. As redes sociais foram deletadas.
Natural do Rio Grande do Sul, Gabriel se formou em março deste ano pela UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados) e também trabalha na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) e no Hospital da Vida.