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"Curva da morte" na BR-060 volta a ser palco de tragédia

Pouco mais de um ano depois das correções do traçado da chamada “curva da morte” na descida da Serra de Maracaju, a BR-060 voltou a ser palco de acidente com morte naquele local nesta sexta-feira à tarde.

Por Midia NAS em 07/08/2023 às 09:43:23
Pouco mais de um ano depois das correções do traçado da chamada “curva da morte” na descida da Serra de Maracaju, a BR-060 voltou a ser palco de acidente com morte naquele local nesta sexta-feira à tarde. Uma carreta bi-trem despencou na ribanceira e um caminhoneiro de 30 anos morreu.
Desde as mudanças feitas pelo Dnit, que liberou o novo trajeto no final do primeiro semestre de 2022, pelo menos outros dois acidentes envolvendo caminhões haviam acontecido no local, mas os veículos não cairam na ribanceira e os caminhoneiros sofreram apenas ferimentos leves.
Desta vez, porém, uma carreta que transportava pó de gesso ficou sem freios e rolou pelo barranco de cerca de 50 metros. Em decorrência da gravidade dos ferimentos, o condutor morreu antes mesmo da chegada dos bombeiros e dos socorristas do hospital de Nioaque que foram ao local.
O coordenador Defesa Civil de Nioaque, Robson Humberto Maciel, acredita que entre 25 e 30 pessoas tenham morrido exatamente no mesmo local em pouco mais de duas décadas. Ele diz ter perdido a noção da quantidade de vezes que saiu correndo da cidade para ajudar a socorrer vítimas no pé da ribanceira, onde havia até um cemitério de sucatas.
A última morte no local havia sido registrada no dia 15 de fevereiro de 2022, quando um caminhão do Exército caiu e o subtenente Antônio Quelis Pires, de 45 anos, acabou morrendo. Um cabo que estava com ele sobreviveu.
E justamente por causa desta sequência de tragédias é que o Dnit investiu cerca de R$ 4 milhões entre os anos de 2021 e 2022 para refazer parte do traçado da pista, em um trecho de cerca de 700 metros. Agora, porém, parece estar ficando claro que as mudanças não foram suficientes.
Nas redes sociais, motoristas que passaram pelo local do acidente nesta sexta-feira não pouparam críticas. “Não adiantou a obra que foi realizada, pois foi mal prejetada. Eu fui o promeiro a chegar nesse acidente. A carreta despencou na minha frente. Passo na serra todos os dias, e vão acontecer muito outros. E ainda colocam um redutor de velocidade para ajudar a esquentar os freios dos caminhões. Caminhões descem carregados e aí força o freio devido aquele redutor que só serve para arrecadar e não salva a vida de ninguém. Só vão acabar esses acidentes quando resolverem fazer um serviço que preste nessa serra, um viaduto acabando com a curva e o abismo. Enquanto não fizer vão acontecer outros”, desabafou um internauta que se identificou como Valdenir Oliveira.
Outro internauta, identificado como Nilton Santos, que comentou o vídeo com as imagens postadas pelo site Jardim MS News, afirmou que “só maquiaram o problema. Tanto serviço à toa. Que belo projeto do engenheiro que fez aquele serviço. E ainda os fiscais do Dnit aprovam. Uma vergonha”.
Além de a BR-060 ter um declive muito acentuado na descida da serra, entre Sidrolândia e Maracaju, uma das curvas tinha um ângulo muito fechado e os técnicos acreditavam que alterando o traçado desta curva o problema seria resolvido, explicaram engenheiros à época em que foi feita a alteração.
Mas, como os acidentes continuam, a realidade tem mostrado que a correção foi insuficiente e que os caminhões continuam perdendo os freios.
A quase totalidade das vítimas da “curva da morte” são ocupantes de veículos pesados, mas no dia 9 de novembro de 2021, um caminhão que perdeu o freio atingiu uma caminhonete S10 que subia a serra e os dois veículos caíram no abismo.
Uma idosa que estava na caminhonete morreu no local e três pessoas sofreram ferimentos. Nos comentários do víde

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