Em Bataguassu, Zeca reúne militância para preparar chapa visando à sucessão de Akira Otsubo

O deputado estadual e ex-governador do Estado, José Orcírio Miranda dos Santos, o Zeca do PT, esteve em Bataguassu na manhã deste sábado, 19, em mobilização do partido com vistas a iniciar o processo de montagem de chapa competitiva para concorrer à eleição de 2024.

Antes de se reunir com a militância, Zeca do PT compareceu ao estúdio da Portal FM onde foi entrevistado pelo radialista Eli Sousa, oportunidade em que afirmou que o partido está preparando um amplo debate visando fortalecer o partido para a eleição municipal do ano que vem.

Zeca explicou que desde o início do segundo semestre ele tem ficado em Campo Grande de segunda a quinta-feira dando expediente e participando das atividades plenárias na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (Alems). De quinta a domingo percorre o interior do Estado reunindo militantes e oxigenando o PT com vistas ao próximo pleito.

Este fim semana, por exemplo, Zeca começou o périplo por Costa Rica, ainda no fim da tarde de quinta-feira. Depois, no período da noite, passou por Chapadão do Sul. Na sexta-feira esteve em Cassilândia e Paranaíba. "E o que temos sentido nessas reuniões que estamos promovendo é que temos recebido a participação efetiva de gente nova, de jovens, acadêmicos, professores, enfim, gente com o objetivo de promover mudanças no atual cenário político" explicou.

Antes de se deslocar a Bataguassu, onde foi recebido pelo ex-vereador João Carlos Kotai e sua esposa Preta Kotai, Zeca do PT contou que almoçou com três vereadores de Três Lagoas, não filiados ao PT. "Mas, são vereadores que querem um projeto novo para um dos mais pujantes municípios de nosso Estado, que é Três Lagoas" ressaltou.

Para Zeca do PT, esse sentimento pulsa os corações da militância de todo Estado. "Aqui em Bataguassu fatos concretos estão acontecendo. Vimos de uma eleição em que se vestíssemos uma camiseta vermelha corríamos risco de ser apedrejado pela direita radical nas ruas da cidade. Mas, mesmo assim, debaixo de um quieto, municípios como Bataguassu deram 40% ou mais dos votos ao presidente Lula. Isso mostra que o PT tem muito voto" afirma.

Zeca enfatiza que fará reuniões como a de Bataguassu em todo o Estado. "E depois caberá às nossas lideranças montar chapas viáveis para as disputas municipais. Aqui em Bataguassu com o João Carlos e a Preta Kotai. Em Brasilândia com o vereador Anderson e sua esposa que participam conosco da reunião em Bataguassu" asseverou o deputado estadual.

O ex-governador diz que em 2024 o Brasil irá para a eleição municipal com as pesquisas mostrando que o Brasil se recupera economicamente, com os preços dos alimentos baixando; com o povo voltando a comer melhor, com aumento real no poder de compra. "Temos os empregos surgindo; o relançamento do projeto Minha Casa, Minha Vida, que vai fomentar a construção civil, girar mais recursos na economia e criar milhares de postos de trabalho" fala Zeca para completar enfático que a inflação está controlada, a taxa de juros volta a cair e o Brasil recupera sua credibilidade no âmbito internacional.

Ainda sobre a sucessão nos municípios do interior, Zeca do PT explicou que competirá às lideranças da base construírem as chapas que os dirigentes e aos partidários caberá se deslocarem às cidades para sacramentar a escolha dos candidatos petistas a prefeito, prefeita, vice-prefeito, vice-prefeita, vereador e vereadora.

"Aqui mesmo em Bataguassu, temos que trabalhar com a projeção de obtermos pelo menos 50% dos votos do Lula para a nossa chapa de vereadores, pois com essa votação teremos condições de eleger dois ou mais representantes na futura Câmara Municipal de Bataguassu" pontuou o parlamentar.

SUCESSÃO EM CAMPO GRANDE – Sobre a sucessão na Capital do Estado, Zeca do PT diz que a direita está desnorteada e fragmentada em todo o Estado e deve participar da eleição de 2024 dividida entre três ou mais candidaturas à Prefeitura de Campo Grande.

No âmbito dos partidos de esquerda, Zeca tinha seu nome como pré-candidato a prefeito, mas recentemente optou por se retirar da disputa para coordenar junto com os diretórios municipais o processo democrático de escolha do representante da legenda para a eleição do ano que vem na maioria dos municípios sul-mato-grossenses.

Sem Zeca na lista, o PT tem, entre os nomes para disputar a Prefeitura, o nome da advogada Giselle Marques, que disputou Governo do Estado no ano passado, e o da deputada federal Camila Jara.

No âmbito da direita se põem como candidatos a prefeito de Campo Grande o deputado federal Beto Pereira (PSDB) e a própria prefeita Adriane Lopes (PP), além de outros nomes como o deputado estadual João Henrique Catan e o deputado federal Polon, ambos do PL. "Vamos aglutinar os partidos progressistas para formar uma chapa única e forte e capaz de vencer a eleição em Campo Grande".