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Fiscalização poderia evitar tragédia com torcedores do Corinthians, diz especialista

Segundo ANTT, ônibus não tinha licença para realizar o transporte interestadual de passageiros O trágico acidente com um ônibus de torcedores do Corinthians, que deixou sete mortos e mais de 20 feridos nesta madrugada de domingo (20) no km 525 da Rodovia Fernão Dias (BR-381), em Igarapé (MG), revela, mais uma vez, a necessidade de ampliar a fiscalização de veículos do transporte coletivo.

Por Midia NAS em 20/08/2023 às 14:54:22

Segundo ANTT, ônibus não tinha licença para realizar o transporte interestadual de passageiros

O trágico acidente com um ônibus de torcedores do Corinthians, que deixou sete mortos e mais de 20 feridos nesta madrugada de domingo (20) no km 525 da Rodovia Fernão Dias (BR-381), em Igarapé (MG), revela, mais uma vez, a necessidade de ampliar a fiscalização de veículos do transporte coletivo. Informações preliminares indicam que o ônibus estava sem freios, o que teria levado o motorista a perder o controle do veículo e capotar.

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A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) informou ao site Estradas.com que a empresa “não tinha licença emitida para realizar o transporte interestadual de passageiros. Portanto, a viagem é considerada irregular”. "Essas fiscalizações são imprescindíveis para garantir que esses veículos circulem com as mínimas condições de segurança. Nessas ações é possível verificar se a manutenção está em dia, se os pneus não estão carecas e as condições de conservação, que podem ser decisivas para causar um sinistro de trânsito. Estamos, portanto, de mais uma tragédia que poderia ter sido evitada", afirma o diretor científico da Associação Mineira de Medicina do Tráfego (Ammetra), Alysson Coimbra.

Segundo divulgado pelo site, o veículo está com o cronotacógrafo vencido há quase três anos e não poderia estar circulando. O equipamento registra velocidade praticada, tempo de direção e distância percorrida.

O especialista em segurança viária explica que, ao contratar um serviço de transporte, é preciso verificar se o veículo está devidamente registrado na ANTT. O critério não pode ser apenas o valor do serviço, é uma economia que pode custar a vida. "Quando se usa um transporte clandestino, o usuário não tem a segurança de que o motorista está apto a dirigir, descansado ou que o veículo está com a manutenção em dia. Além disso, empresas clandestinas operam sem seguro. Em caso de acidentes, os passageiros estarão entregues à própria sorte, sem o suporte necessário. Por isso é imprescindível que as pessoas escolham sempre empresas regularizadas", observa Coimbra.

O especialista explica que empresas legalizadas são obrigadas a seguir todas as normas de segurança da legislação. “Antes de embarcar, observe a conservação dos pneus e verifique se o veículo tem o selo da ANTT e a identificação da empresa. O selo é uma garantia pois a agência adota critérios de segurança e monitoramento para autorizar as viagens”, reforça.

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