Documentário da Prefeitura traz histórias de quem faz de Campo Grande a capital das oportunidades

"Sempre fui muito falante e as aulas de jornal falado, no sétimo ano do ensino fundamental, mudaram a minha vida. Eu tinha em mente que a comunicação abriria portas, mas isso só se concretizou porque entendi a importância do direcionamento e ouvi essas orientações. Não adianta ter força e não saber utilizar", lembra Glória.

Apaixonada pela terra natal, a campo-grandense Aline Macedo, da região do Bairro Buriti, também compartilha sua história de superação e amor pela profissão. Aluna do ensino público, abraçou a educação como passaporte rumo ao sonho de uma vida melhor que a experimentada na infância difícil na periferia e a realização do sonho de ser tornar uma nutricionista.

"Ser nutricionista, para mim é muito mais que uma simples profissão, é servir pessoas através daquilo que escolhi. Me orgulho muito de onde eu cheguei. Durante o caminho, muitas vezes eu ouvi que seria impossível mas tudo que nós precisamos é de uma oportunidade para fazer a diferença", pondera Aline.

O empresário Thiago Normando cresceu na região do Bairro Tiradentes e, ainda criança, aprendeu a força e a importância do trabalho. Com espírito empreendedor, vendeu de geladinho a sapatos, até a consolidação no mercado imobiliário.

"Fiz muitas coisas até descobrir a vocação para o que faço hoje, mas eu sempre soube onde queria chegar, só precisava de uma oportunidade e, quando enxergava uma, abraçava. Nunca haverá o momento certo para dar o primeiro passo. Estamos vivendo um momento oportuno, a Rota Bioceânica será um gatilho de crescimento para vários segmentos e eu vejo Campo Grande criando inúmeras oportunidades para a gente, todos os dias", observa Normando.

O conceito de sucesso é comumente associado a ideia de holofotes e conta bancária recheada, no entanto, o sucesso não precisa necessariamente ser financeiro. Pode ser, por exemplo, o privilégio de fazer aquilo que mais ama. O educador físico, João Grabalos, acredita muito nisso. Acredita tanto que abriu mão de uma carreira promissora nos negócios da família para se dedicar a um projeto que, além dos fundamentos do basquete, ensina, sobretudo, valores e prepara pessoas para a vida com um olhar mais humano.

"Hoje eu sou uma pessoa muito mais realizada, com bem menos grana do que eu tinha naquela época. A gente precisa acreditar nos nossos sonhos. Se você fizer, respeitando seus princípios, as coisas vão dar certo", salienta João.

Além dos filhos da terra, o documentário mostra que Campo Grande acolhe também aos que chegam e fincam raízes, como Anita e Carlos Bellin. Vindos de Passo Fundo/RS há quase 40 anos, da venda informal de calçados, tornaram-se proprietários de uma das maiores lojas do ramo calçadista em Mato Grosso do Sul, gerando mais de 400 empregos diretos.

Sobre a decisão que tomaram de levar os negócios a outro patamar, Anita lembra que sentiram o peso da responsabilidade, mas, mesmo assim decidiram seguir em frente. "Enfrentar situações novas exige coragem. Se você tem vontade, faça. Acredite em você. Tenha fé que vai dar certo".

Experiências de vida e de sucesso também são compartilhadas pelo empresário Beto Pereira, que fala da importância de estar em constante evolução. "Quando você melhora a si, você melhora também o meio em que vive e as pessoas ao seu redor", diz.

"Segundo Vento" conta também a história da vida de outra gaúcha, que encontrou em Campo Grande sua morada. Maria Helena trocou as salas de aula em Santa Maria/RS, pelos artigos de decoração na capital sul-mato-grossense e tornou-se referência no segmento. "Conheci muita gente boa, que me abriram portas, por aqui. Embora tenha em meu coração um carinho muito grande pelo Rio Grande do Sul, a minha cidade é Campo Grande. Aqui tive as oportunidades e criei raízes", relata.

O documentário narra ainda a história dos comerciantes Cristiano Zagolin e Jennyfer Corrêa que, impulsionados pelo desejo de uma vida melhor, decidiram abrir uma loja de colchões, no Bairro Aero Rancho, onde cresceram e apareceram para toda a cidade. "Temos uma relação muito forte com a 14 de Julho, foi onde nos conhecemos. Quando começamos não tínhamos nada, além da força de vontade, e por precisar locar um salão, fomos para a região do Aero Rancho. As coisas aconteceram, as oportunidades chegaram e soubemos aproveitar", lembra Zagolin.

Reforçando a ideia de que o sucesso vai muito além de status e cifras, após dez anos na mesma empresa e uma posição de prestígio, aos 34 anos, Luis Sakate decide abandonar a carreira para abrir um bar que rompesse com o convencional e fosse mais que um simples lugar para beber com os amigos, que fosse um agente de mudança, oferecendo espaço para arte, cultura, reflexão e conscientização.

"Eu queria construir uma Campo Grande diferente, com coisas que eu via fora daqui, gosto de pensar na ideia de 'estourar a bolha', para que as pessoas possam ser impactadas por assuntos pelos quais elas não seriam alcançadas em casa ou nos lugares comuns, para que tenham consciência sobre o que acontece ao redor delas", lembra Sakate.

Do mesmo modo, os musicistas Gustavo dos Anjos e Jhemerson Edmundo foram tocados pelo segundo vento através de um projeto de musicalização infantil, no Bairro Parque do Lageado. As aulas de música apresentaram à dupla o que desejariam fazer para o resto de seus dias: ajudar a mudar histórias através das notas musicais como um dia também tiveram as suas mudadas.

"A partir do momento que entrei no projeto, eu fiz parte de um grupo de violão, de percussão, fiz parte de uma orquestra, e vem esse sentimento de pertencimento e a gente cria esse senso de responsabilidade. Espero seguir repassando tudo o que aprendi. É gratificante demais", diz Jhemerson.

Tal como, o produtor de audiovisual, Bruno Ferrero sentiu o toque do segundo vento através da paixão que tem por criar e guardar memórias. Criado na região do José Abrão, depois de morar em alguns lugares como São Paulo e Florianópolis, o bom filho à casa tornou e garante que não pretende 'arredar o pé', nunca mais.

"Acho que meu maior sucesso vai ser quando minha filha chegar para os netos dela e dizer que teve um pai que sempre pensou em fazer as coisas com amor, com muito respeito pelas pessoas que estavam à sua volta, esse será o maior legado. Aqui em Campo Grande encontro as oportunidades que me fazem crescer a cada dia", diz Bruno.

Num emocionante relato, a professora Nerilda dos Santos lembra que sempre soube o que seria, isso podia ser visto já aos 7 anos de idade, quando reunia os colegas para aulas de faz de conta. Filha de pais analfabetos e moradora da zona rural, a educadora rompeu barreiras e enfrentou enormes desafios, em nome do grande sonho: ensinar e potencializar talentos.

"Essas oportunidades é que abrem portas e ampliam horizontes, principalmente para as nossas crianças da educação pública, porque, para muitos, a única referência que eles têm é o professor, é o ambiente escolar. Então, se você apresenta para ele uma oportunidade, pode ser um divisor de água na vida de muitas crianças", complementa a educadora.

Disponível no Canal do Youtube – @Prefcg

O lançamento simbólico do vídeo documentário aconteceu nessa quinta-feira (31), com a exibição do "Segundo Vento" em uma sala de cinema disponibilizada pelo Shopping Norte Sul e o Cinépolis.

Na ocasião, os personagens que emprestaram suas histórias para a produção do "Segundo Vento", puderam junto aos seus familiares assistir pela primeira vez o resultado do vídeo documentário com duração de 40 minutos, que poderá ser assistido pelo canal oficial da PrefCG no YouTube. O episódio 1 já está disponível. Para acessar ao conteúdo, clique no link a seguir: https://www.youtube.com/@Prefcg/about

Essa foi a oportunidade inclusive para os pais da jornalista Glória Maria de Pinho ir à primeira vez ao cinema. Ela conta que fazer parte do documentário foi muito mais que apenas um trabalho para ela e a família.

"Isso aqui vai ficar marcado para sempre na minha história, participar desse projeto, trocar essas experiências com todas essas pessoas incríveis e no final de tudo, poder proporcionar a primeira ida ao cinema aos meus pais, assistindo a nossa história contada, é incrível, não consigo descrever, a minha mãe nem dormiu essa noite", brinca Glória Maria.

Já o casal Cristiano Zagolin e Jennyfer Corrêa, afirma que participar do projeto é motivo de orgulho. "Saber que a gente participou da evolução dessa cidade e estar hoje aqui com pessoas tão maravilhosas e que começaram também por baixo assim como a gente, aproveitando cada oportunidade, nos deixa muito emocionados. Para quem está começando a empreender, toca firme e pode ter certeza que as oportunidades aqui acontecem".

Sobre o resultado do vídeo documentário "Segundo Vento", a prefeita Adriane Lopes fala da importância de oportunizar o protagonismo às pessoas que construíram sua vida em Campo Grande. "Estamos trabalhando com muito compromisso com a nossa cidade, mas em especial com os campo-grandenses que construíram suas vidas nessa cidade de oportunidades. Aquelas que perceberam aqui o seu segundo vento e que hoje vivem para contar a história e influenciar pessoas a sonhar e conquistar, ir em buscar daquilo que acreditam. Pessoas que fazem de Campo Grande hoje, sem dúvida, a Capital das oportunidades".

Para o superintendente do Shopping Norte Sul, Marcelo Vieira, foi uma satisfação ceder o espaço para essa exibição, já que ele entende a importância do projeto como uma inspiração para a população. Ele conta que assim como os personagens do documentário, encontrou em Campo Grande o seu segundo vento, já que após 13 anos morando fora, ele retornou com a família e aproveitou as oportunidades se estabelecendo na cidade, da qual se orgulha.

"Nós estamos muito felizes em receber esse projeto, é encantador, os depoimentos, as histórias. Muito inspirador e me identifico pois, assim como eles, também fiquei fora por um período, mas retornei para ficar com minha família e criar raízes na cidade que me acolhe e me proporciona tantas oportunidades", ressalta.