Desde setembro de 2020, a parcela de entrevistados que dizem estar um pouco satisfeitos com a cidade foi de 42% para 47%. A proporção de moradores que se dizem muito satisfeitos se manteve inalterada nos últimos três anos, com 43%.
A melhora na avaliação ocorreu com a diminuição dos descontentes, que migraram para a categoria intermediária. Aqueles que diziam estar nada satisfeitos em morar na capital eram 15% em 2020, e agora são 10%.
Foram entrevistadas, nos dias 29 e 30 de agosto, 1.092 pessoas que vivem em São Paulo. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos.
Os moradores que mais aprovam a vida na cidade são aqueles com mais de 60 anos. Entre eles, 56% dizem estar satisfeitos em morar no município, 32% estão um pouco satisfeitos e 12% se dizem nada satisfeitos. A avaliação também é majoritariamente positiva entre quem tem entre 45 e 59 anos, com 49% dizendo-se muito satisfeitos, 40%, um pouco satisfeitos e 11%, nada satisfeitos.
Já entre os moradores nas faixas etárias que vão dos 16 aos 44 anos, a proporção daqueles que se dizem um pouco satisfeitos é maior. Ou seja, em relação aos mais velhos, há menos entrevistados que declaram estar muito satisfeitos, mas a insatisfação também é menor. Entre aqueles que têm entre 25 e 34 anos, por exemplo, há 31% que se declaram muito satisfeitos, 59%, um pouco satisfeitos e 9%, nada satisfeitos.
A insatisfação aumenta de acordo com o grau de escolaridade. Entre aqueles que têm ensino superior, 52% estão um pouco satisfeitos e 12%, nada satisfeitos com São Paulo -é a pior avaliação da cidade, quando comparado com públicos que só fizeram o estudo básico (até o ensino médio), completo ou incompleto.
Já entre aqueles com ensino fundamental, 63% se dizem muito satisfeitos com a cidade, 31%, um pouco satisfeitos e 6%, nada satisfeitos.
Considerando a faixa de renda familiar, a avaliação da cidade é melhor entre os mais ricos, aqueles que ganham dez salários mínimos ou mais: 48% estão muito satisfeitos; 45%, um pouco satisfeitos; e 7%, nada satisfeitos. A pior taxa de satisfação é entre aqueles com renda entre 5 e 10 salários. Nesse grupo, 35% estão muito satisfeitos, 54%, um pouco satisfeitos e 11%, nada satisfeitos.
O Datafolha mostra uma diferença na satisfação com a cidade de acordo com a preferência partidária. Moradores que declaram preferência pelo PSOL relatam estar menos satisfeitos do que eleitores do PT, do PL e de outros partidos.
A maior parte dos entrevistados (48%) diz não ter preferência partidária. Entre eles, metade diz estar um pouco satisfeita com a cidade, 39% dizem estar pouco satisfeitos e 11%, nada satisfeitos.
Entre os eleitores do PT, metade (50%) diz estar muito satisfeita com a cidade, 43%, um pouco satisfeita e 8%, nada satisfeita. É uma avaliação semelhante àqueles que dizem preferir a sigla do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL): 52% estão muito satisfeitos; 40%, pouco satisfeitos; e 8%, nada satisfeitos.
No grupo dos que declaram preferência no PSOL, 62% dizem estar um pouco satisfeitos e 12%, nada satisfeitos. Muito satisfeitos são só 27% entre aqueles que preferem o partido de Guilherme Boulos, pré-candidato à Prefeitura de São Paulo.
No entanto, eles representam uma parcela pequena da população da cidade: só 3% declaram preferência pelo PSOL. Eleitores preferenciais do PT são 30%, e os simpatizantes do PL, 5%.
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