Fonte: AgĂȘncia Senado
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, afirmou, que convocarĂĄ uma reunião de lĂderes em busca de soluções para que seja possĂvel pagar o piso nacional da enfermagem. A suspensão do piso, que havia sido decidida liminarmente pelo ministro LuĂs Roberto Barroso, foi referendada nesta tarde pela maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).
Para Pacheco, a posição do STF não "sepulta" o piso nacional da enfermagem, mas o suspende. Por isso, o Congresso precisa apresentar projetos para garantir a fonte de custeio a estados, municĂpios, hospitais filantrópicos e privados.
"Chamarei uma reunião de lĂderes imediatamente e, até segunda-feira, apresentaremos as soluções possĂveis. Se preciso for, faremos sessão deliberativa especĂfica para tratar do tema mesmo em perĂodo eleitoral. O assunto continua a ser prioritĂĄrio e o compromisso do Congresso com os profissionais da enfermagem se mantém firme. Espero solução para breve", disse Pacheco em nota à imprensa.
A lei que instituiu o piso nacional (Lei 14.434, de 2022) foi sancionada em agosto. A norma definiu que enfermeiros devem receber pelo menos R$ 4.750 por mĂȘs. Técnicos de enfermagem fazem jus a no mĂnimo 70% disso (R$ 3.325) e os auxiliares de enfermagem e parteiras a pelo menos 50% (R$ 2.375).
A decisão do STF se deu no âmbito da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 7.222, proposta pela Confederação Nacional de SaĂșde, Hospitais e Estabelecimentos e Serviços (CNSaĂșde).
Na primeira decisão, o ministro Barroso afirmou ser plausĂvel o argumento de que o Legislativo aprovou o projeto e o Executivo o sancionou sem cuidarem das providĂȘncias que viabilizariam a sua execução, como, por exemplo, o aumento da tabela de reembolso do SUS à rede conveniada.