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Professora e poeta, Raquel Medina lança seu primeiro livro de poesia na Capital

A obra é ganhadora do I Prêmio Ipê de Literatura e será lançada nesta sexta-feira (22), às 19h, na Plataforma Cultural da Estação Ferroviária "O meu livro foi fecundado pela cidade, por essa atmosfera que configura esse espaço citadino", com sutileza na maestria de manejar palavras, arte deliberada aos poetas, a professora e escritora Raquel Medina define a sinopse do seu primeiro livro "Cidade".

Por Midia NAS em 20/09/2023 às 07:49:20

Com 37 anos, Raquel Medina destaca a relevância do prêmio Ipê de Literatura por dar possibilidade, para escritores como ela, de publicar seu livro. No misto de alegria e ansiedade, como a criança que sempre foi apaixonada pela escrita, Raquel revela que, além da figura da cidade tão presente em sua história, também traz nas páginas outras referências que os aficionados por literatura, talvez, possam se identificar com ela, são a tríade de poetas: Manoel de Barros, Cecília Meireles e Carlos Drummond de Andrade.

"Manoel ensina a gente a ver, a rever, a transver e observar as coisas com mais sutileza, as coisas que são rasteiras, as coisas pequenas. Drummond, outro incrível, no meu livro eu dialogo com a poesia dele respondendo alguns de seus escritos, um atrevimento literário de minha parte, e a Cecília por ser essa artista, mulher, que tem sutileza, força e densidade em sua poesia. Três referências que, em Cidade, diretamente ou não, estão ali o tempo todo".

Como toda cidade que é configurada por elementos tão distintos e que, por vezes, se complementam, não raro nas páginas do livro é comum sentir a presença de Maneco que, na figura de um pássaro, sempre visita as narrativas poéticas da professora. Um animal sem ninho que, nos lares de cimento, busca o seu próprio lugar.

"Manoel ensina a ver a grandeza de um passarinho, por exemplo, em detrimento de um avião. E a imagem do passarinho no fio de alta tensão, que pousa, descansa e esquece esse fio, talvez, buscando o seu lar, inventando o seu lugar na cidade, é algo que me comove", diz a escritora que se vê nessa imagem, "desse pássaro no cimento, desse pássaro que beberica água ali no meio fio, observando tudo ao seu redor, perdido, apreciando, serelepe, enfim, como se a cidade fosse um grande quintal".

Aos interessados em conhecer mais do trabalho da professora e escritora, a oportunidade chega com o lançamento da obra na sexta-feira (22), em uma noite de autógrafos e um bate-papo com a autora.

Tags:   Literatura
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