A Polícia Civil de Mato Grosso do Sul investiga o caso de um estupro contra uma menina de 10 anos, que está em uma casa de acolhimento em Mato Grosso do Sul. O abuso foi cometido por um adolescente de 12 anos, que vive na mesma casa em que a vítima.
O Jornal Midiamax não revelará o nome da cidade para preservar a identidade da vítima como prevê o ECA.
O crime ocorreu no dia 4 deste mês, quando duas adolescentes de 15 e 16 anos que moram na casa de acolhimento contaram a uma das assistentes sociais que presta serviço no local que a menina havia sido abusada pelo adolescente.
No dia a criança foi encaminhada para uma unidade de saúde para fazer exames, sendo que no mesmo dia uma das assistentes do local na delegacia relatou que a criança estava sendo hostilizada por três adolescentes na casa de abrigo e que os episódios começaram com empurrões seguidos de xingamentos contra a vítima.
Ainda segundo a assistente, antes do crime as adolescentes teriam feito ameaças a criança, "eu te pego, eu te mato, não saio daqui enquanto não te pegar.". No dia do estupro haviam mais dois funcinários na casa de abrigo. A criança foi levada para exames médicos.
Na casa de abrigo há cerca de 10 crianças e adolescentes. Em contato com a casa de abrigo foi informado ao Jornal Midiamax que devido a pouca demanda, crianças e adolescentes são mantidos no mesmo local, mas que a casa tem cerca de 5 funcionários o dia todo para fazer o monitoramento dos abrigados.
Ainda de acordo com a unidade de acolhimento, após os fatos a criança ficou por duas semanas em um hotel acompanhada de um assistente voltando recentemente para a casa de acolhimento, onde também está morando o adolescente.
Quando questionados sobre o convívio entre vítima e abusador, a casa de acolhimento respondeu que os dois são monitorados por assistentes sociais do local, com vigilância.
A criança foi para a casa de abrigo em maio deste ano, após ser retirada do convívio familiar por denúncias de maus-tratos cometidos pelo pai que a espancou com uma correia dentada de carro. Os maus-tratos foram descobertos na escola depois da diretora flagrar várias marcas no corpo da menina.
O Jornal Midiamax entrou em contato com a prefeitura para saber sobre medidas que estão sendo tomadas no caso, mas até o fechamento da matéria não obtivemos retorno. O espaço segue aberto para manifestações futuras.