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Prefeito registra boletim de ocorrência contra vereador após acusação de roubo

O embate político foi parar mais uma vez na delegacia no Município de Cassilândia, a 432 km de Campo Grande.

Por Midia NAS em 22/09/2023 às 22:34:25
Foto: Reprodução internet

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O embate político foi parar mais uma vez na delegacia no Município de Cassilândia, a 432 km de Campo Grande. Desta vez foi o prefeito, Valdecy Pereira, que registrou Boletim de Ocorrência por injúria e calúnia contra o vereador Peter Saimon.

O prefeito levou à delegacia uma declaração do vereador na sessão da Câmara do dia 26 de junho onde, segundo a denúncia, é acusado de ladrão.

“O vereador Peter Saimon, ora autor, dentre outras falas, acusa o comunicante de roubar o municipio, conforme imagens e áudio
gravados na pen-drive anexo a esse boletim. Que segundo o vereador Peter (ATE AS CRIANCINHAS SABEM QUE O VALDECY ROUBA). Por se sentir prejudicado, compareceu nesta Delegacia de Policia para registrar o presente boletim de ocorrência para demais providências”, diz a ocorrência.

Procurado pela reportagem, o vereador disse que o registro do boletim de ocorrência tem como motivação o fato de estar investigando corrupção na administração do atual prefeito.

“Desde notas frias, superfaturadas, troca de mercadorias, acordos verbais entre a administração pública e pessoa física, bem como compra de terrenos da família de uma testemunha que assinou a maioria das notas frias. Tenho ciência que o SISTEMA tenta sufocar pessoas que lutam contra corrupção. O que posso dizer é que continuarei exercendo a função para qual a população cassilandense me deu oportunidade”, afirmou .

O vereador ainda citou a Constituição Federal, que garante no art. 29 inciso VIII – inviolabilidade dos Vereadores por suas opiniões, palavras e votos no exercício do mandato e na circunscrição do Município.

“Sigo confiante na isenta apuração dos fatos. Isso não é a primeira e não será a última tentativa de intimidação que sofro e sofrerei ao longo do mandado, mas posso dizer que seguirei trabalhando em prol da população e mesmo que as pessoas se incomodem, não vou deixar de fazer meu trabalho nem de defender os interesses da população cassilandense”, concluiu.

Segundo boletim

No dia 6 de setembro, a secretária de Assistência Social do Município de Cassilândia, Márcia Leonel, procurou a delegacia do Município para registrar boletim de ocorrência contra os vereadores de oposição, Peter Simon e Sumara Leal.

A secretária afirma que compareceu a uma reunião com vereadores para falar sobre cartões dos beneficios eventuais, usado para atender a população de rua. Todavia, foi interrompida várias vezes pelos vereadores, de maneira grosseira.

A secretária alega ter se sentido humilhada e ofendida em local de trabalho, o que lhe fez ser medicada por conta de uma queda na pressão arterial. Com o boletim de ocorrência, ela disse que levaria o caso à Câmara Municipal, onde pretendia solicitar a cassação do mandato dos vereadores.

Outro lado

Procurado pela reportagem, Peter ponderou que a reunião foi para debater o uso de cartões de benefícios municipais pela secretaria, descumprindo a legislação vigente. "A secretária infelizmente descumpriu a determinação da lei que é entrega do cartão aos beneficiários e fez as compras ela mesma. Durante a reunião, no exercício de nossa função de vereadores , fizemos de fato vários questionamentos. A secretária assumiu que fez o uso indevido na frente de todos. Fiquei surpreso com o registro, já que em nenhum momento faltei com respeito com nenhum dos presentes. Sigo confiante na isenta apuração dos fatos. Isso não é a primeira e não será a última tentativa de intimidação que sofro e sofrerei ao longo do mandato, mas posso dizer que seguirei trabalhando em prol da população e mesmo que as pessoas se incomodem, não vou deixar de fazer meu trabalho, nem de defender os interesses da população Cassilandense", declarou.

A vereadora Sumara também falou sobre a suposta irregularidade e de possível confissão da secretária. "Confessou que uma servidora permaneceu em posse de 8 cartões durante aproximadamente 4 meses,e utilizava o crédito dos cartões que deveriam serem destinados a famílias em situação de vulnerabilidade, para fazer compras no supermercado onde os alimentos seriam com a finalidade de fazer marmitex para moradores de rua, pois a licitação para esses alimentos havia acabado", justificou.

Tags:   Política
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