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Cantor Jads, da dupla com Jadson, faz cirurgia de apendicite em Campo Grande; Sertanejo grava vídeo sobre operação

Sertanejo vinha sentindo fortes dores abdominais e cólicas desde quinta-feira, mas ainda fez show em Figueirão, e depois no retorno para Campo Grande, ao fazer exames descobriu a apendicite.

Por Midia NAS em 30/09/2023 às 12:12:35
Sertanejo vinha sentindo fortes dores abdominais e cólicas desde quinta-feira, mas ainda fez show em Figueirão, e depois no retorno para Campo Grande, ao fazer exames descobriu a apendicite. Cantor Jads, da dupla com Jadson, faz cirurgia de apendicite em Campo Grande

O sertanejo Jads, que faz dupla com Jadson, foi internado nesta sexta-feira (29), em Campo Grande, para passar por uma cirurgia para a retirada do apêndice. Ele está internado no hospital da Cassems e se recupera bem do procedimento.

Cantores sertanejos Jads e Jadson

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Neste sábado (30), no leito do hospital, Jads gravou um vídeo para tranquilizar os fãs e amigos. Veja acima.

Ele explicou que desde quinta-feira (28) vinha sentido fortes dores abdominais e cólicas, mas que mesmo assim fez com Jadson o show previsto em Figueirão. No retorno para Campo Grande, passou por uma bateria de exames, onde foi constatada a apendicite e a necessidade da cirurgia.

Jads, diz que nos shows da dupla, previstos para esse fim de semana, em Aparecida do Taboado e em Jaboticabal, o parceiro Jadson vai cumprir sozinho a agenda, mas que na próxima semana já deve estar de volta aos palcos.

Confira abaixo o relato do sertanejo:

Aí moçada bruta, tenho um recadinho diferente para dar para vocês!

Essa semana eu fui pego de surpresa. Na quinta-feira (28) eu estava com uma dor abdominal, uma cólica violenta. Ai falei, não deve ser nada, já passa, e acabou até que fui fazer um show aqui perto, em Figueirão.

Na volta, na sexta-feira, fui direto fazer exames, onde foi constatado que estava com apendicite aguda. Lembrei até da época de guri dessa paixonite, mas dessa vez o negócio era mais sério.

E o médico falou: não, você tem que operar urgente, porque isso ai só deteriora. E aí operei, ontem, no fim da tarde. Correu tudo bem, correu tudo certo.

Quero aproveitar e agradecer ao hospital aqui da Cassems, de Campo Grande.

Fui muito bem atendido.

Mas também aos meus fãs, logicamente.

Fãs e amigos que oram pela gente aí.

Muito obrigado, mas só para deixar vocês bem tranquilos, que já tá tudo certo.

Daqui a pouquinho já estou indo para casa.

A galera ai hoje, show em Aparecida do Taboado.

No domingo, em Jaboticabal, no Hospital do Câncer.

O Jadson vai nesses ai. Vai fazer sozinho, Mas eu estarei de alma presente com certeza moçada.

Já está tudo certo e resolvido.

Semana que vem já estou na área de novo, dando azia para vocês.

O que apendicite?

A inflamação do apêndice, que já não tem uma função clara na digestão, pode ser muito dolorosa

Getty Images

Professor da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, José Sebastião dos Santos explica que a apendicite é uma inflamação, que pode ser seguida de infecção, de uma pequena estrutura que fica entre o intestino fino e o intestino grosso.

Essa estrutura é uma espécie de tripa, bem pequena, aproximadamente metade do tamanho de uma caneta. Mas se for obstruída por algo como, por exemplo, um pequeno pedaço de fezes, pode fazer um grande estrago.

"O conteúdo dessa alça, que é fina, fica retido. Junta com o mudo, que é produzido pelo revestimento interno dessa tripa e aumenta a pressão. Esse aumento da pressão vai comprimir a parede dessa tripa e vai causar uma falta de circulação de sangue".

Uma das possíveis consequências desse aumento de pressão é a perfuração do apêndice, liberando o conteúdo contaminado para a cavidade abdominal.

Isso, por sua vez, pode causar uma infecção generalizada.

Quais são os primeiros sinais da apendicite?

Só recentemente a ciência começou a compreender o real papel do apêndice

Getty Images via BBC

Segundo os dois especialistas, a apendicite pode começar a se manifestar através de um desconforto na boca do estômago, que pode causar náusea e vômitos.

Em seguida, em casos típicos, essa dor se desloca para a parte direita do abdômen, na região do baixo ventre. Esse deslocamento do incômodo é importante para diagnosticar casos de apendicite.

No geral, casos de apendicite atingem, principalmente, adultos jovens, com idades entre 20 e 55 anos.

De acordo com os médicos, não há uma predisposição maior entre homens e mulheres para desenvolver a inflamação.

Todos os casos de apendicite precisam de cirurgia?

O professor da USP afirma que nem todo o caso de apendicite é cirúrgico. "Às vezes, quando a gente pega na fase inicial, você pode, com medicamentos e antibióticos, fazer com que esse processo inflamatório resolva espontâneamente", diz dos Santos.

Segundo ele, existe uma chance de que o próprio organismo bloqueie a infecção generalizada e forme uma coleção de pus que pode ser drenada sem cirurgia. Essa é uma possível evolução.

Quando uma dor abdominal pode indicar algo mais grave?

É verdade que nem toda dor abdominal indica um quadro de apendicite ou algo mais grave. Muitas vezes, conforme dos Santos, elas surgem e desaparecem repentinamente, sem que seja possível concluir um diagnóstico.

"Isso acontece em cerca de 30% dos casos. É alto o número de pessoas que procuram o serviço de urgência com dor abdominal e que você observa e a dor desaparece. Por isso que a gente às vezes tem que avaliar, reavaliar, ver se os sintomas estão persistindo".

Dos Santos ainda destaca que quando a dor é acompanhada de outros sintomas, é importante buscar a atenção médica.

"Quando a dor é contínua e vai alterando o jeito do intestino funcionar, a pessoa começa a ter náusea, vômito, ou paralisa o intestino e ela não consegue eliminar gases, evacuar, o abdômen distende e ela toca e fica muito doloroso, ela não consegue fazer a palpação profunda da barriga, isso é sinal de que as coisas estão ficando mais graves".

Nestes casos, pode ocorrer o que os profissionais chamam de repercussão sistêmica: a pessoa começa a ficar desidratada, com frequência cardíaca e respiratória altas, febre, calafrios e diminuição de urina.

Para o gastroenterologista, o paciente precisa sempre estar atento à intensidade do incômodo.

"Dor fraca pode tentar resolver em casa. Agora, dor média pra forte, significa que é mais importante. Não estou dizendo que seja grave, mas sim, mais importante. Então, em vez de ficar sofrendo em casa com uma dor moderada e grave, vai paro hospital", orienta Ribeiro.

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