A quadrilha especializada em furtos de caminhonetes Hilux causou um prejuízo de cerca de R$ 6 milhões com o furto de pelo menos 20 veículos em Mato Grosso do Sul. Um dos membros acabou morto em confronto com equipes do Batalhão de Choque, na noite desse domingo (1º). Agostinho Mota Maia Neto, de 41 anos, morreu em confronto.
Segundo o Comandante Rocha do Batalhão de Choque, dois membros da quadrilha são donos de uma empresa de rastreamento de veículos, localizada em São Paulo. Mas, os membros seriam de Belo Horizonte. Acredita-se que a quadrilha tenha agido em outros estados.
Agora a polícia investiga se além de Campo Grande e Terenos, a quadrilha agia em outros municípios do Estado. O setor de inteligência da Polícia Militar já havia identificado o modus operandi da quadrilha que estava furtando caminhonetes Hilux, sendo dois veículos furtados no dia 16 e 17 de setembro, na cidade de Terenos, sendo que no dia 19 de setembro, duas Hilux foram recuperadas estacionadas no Aeroporto Internacional de Campo Grande.
Com as informações, na noite de domingo (1º), por volta das 22 horas, os policiais encontraram o endereço no Bairro Santo Antônio, e lá prenderam cinco integrantes da quadrilha. Na casa, foram encontradas duas pistolas, um colete balístico, além de carros que usavam para cometer os crimes: um Voyage, uma Ford Ranger e um HB20 que não estava no local.
Um dos "cabeças" da quadrilha contou que o outro membro do grupo estava no HB20, na Rua Brasília. Os policiais foram até o local e ao desceram da viatura deram ordem para que Agostinho saísse do carro. Neste momento, ele saiu e apontou uma arma para um dos policiais que revidou acertando o membro da quadrilha, que foi socorrido, mas morreu na unidade de saúde.
O "cabeça" da quadrilha contou que estavam há 15 dias na cidade e que furtavam caminhonetes Hilux com fabricação entre 2019 e 2022. Ele ainda contou que é funcionário de venda e rastreio de proteção veicular e que usavam um decodificador para ligar as caminhonetes.
O "cabeça" tinha a atribuição de abrir os veículos e codificava as chaves, Agostinho e outro membro eram responsáveis por selecionar os veículos, e os outros autores eram responsáveis de conduzir os veículos até a cidade de Corumbá, fronteira com a Bolívia. Os veículos eram negociados pelo valor de R$ 30 mil e o pagamento era feito via Pix do doleiro de Corumbá ao doleiro de Belo Horizonte, que após receberem os referidos valores, os dividiam em partes iguais.
Ainda na casa foram apreendidos cinco chapéus usados para disfarce, além um notebook, um relógio dourado marca Invicta; um relógio Invita prata; um Celular Samsung A32 branco; uma corrente dourada com crucifixo; e também um Rolex.