Mato Grosso do Sul lidera o ranking entre os estados que mais vende cigarro contrabandeado no Brasil. Prejuízo ao estado é de R$ 90 milhões, segundo pesquisa. Operação Bora Bora, em Três LagoasReproduçãoQuase todo o mercado de cigarros de Mato Grosso do Sul é contrabandeado, segundo divulgado pelo Fórum Nacional Contra a Pirataria e a Ilegalidade. Os dados apontam que 75% do comércio do produto no estado é de origem ilícita.A pesquisa aponta ainda que o crime de contrabando de cigarros movimentou R$ 326 milhões em apenas um ano.Para o secretário executivo de Segurança Pública do Mato Grosso do Sul, coronel Wagner Ferreira da Silva, a localização geográfica do estado – que faz fronteira com o Paraguai e a Bolívia – facilita a ação dos criminosos."As principais portas de entrada do contrabando estão no Mato Grosso do Sul e no Paraná. São os principais portos, onde o fluxo logístico e a geografia são muito propícios para a entrada desses materiais do contrabando", diz.O estudo estima que a evasão fiscal no estado, em razão do contrabando, levando em conta apenas o ICMS, foi de R$ 94 milhões em 2022.Nesse contexto, o presidente do FNCP defende o debate tributário para enfrentar o crime."É importante que sejam tomadas medidas que impactem a demanda do cigarro contrabandeado e não apenas medidas que se restrinjam ao combate da oferta do produto ilegal. Para isso, a questão tributária é fundamental e deve ser colocada em discussão", enfatiza Edson Vismona.Veja vídeos de Mato Grosso do Sul: