Um inquérito foi instaurado para apurar a conduta do tenente da PMR (Polícia Militar Rodoviária), preso por importunar sexualmente a delegada da Dam (Delegacia de Atendimento à Mulher) de Paranaíba, a 407 quilômetros de Campo Grande, no fim de semana. Ele acabou liberado na audiência de custódia.
Segundo informações passadas pela assessoria da Polícia Militar, o inquérito foi instaurado e tem prazo de 30 dias, prorrogáveis por mais 30 dias. Enquanto isso, o militar continua trabalhando normalmente. O crime aconteceu em um restaurante. O tenente foi preso pelo marido da vítima, que também é delegado.
A delegada disse no dia que se sentiu muito constrangida e invadida com o que aconteceu. A delegada contou que trabalha na área há oito anos e que já atuou em diversas investigações envolvendo assédios e importunação sexual, mas que nunca se imaginou passar por tal constrangimento.
A vítima relatou que estava com o marido no restaurante e que ficaram por cerca de 30 minutos, quando ele foi até o caixa pagar a conta, momento em que o suspeito, que é comandante da Polícia Militar Rodoviária, se aproximou e disse: "Faz marquinha e fica aí tentando esconder", passando a sorrir de forma maliciosa. Sem entender, a mulher questionou o que ele disse e o homem repetiu, olhando em direção as suas partes íntimas.
Ainda segundo a delegada, ela estava de calça jeans, usando vestes "normais" para o ambiente em que estava e mesmo que não estivesse não haveria justificativa para tal ato. Ela ainda afirmou que se o comentário não fosse de cunho libidinoso, assim como expressão libidinosa, teria achado inoportuno, porém, não teria causado constrangimento.
A delegada, então, perguntou o nome do suspeito, mas ele se negou a falar. O marido dela chegou e questionou o que estava acontecendo, quando a mulher contou o que o homem havia dito, sendo negado pelo autor. O tenente afirmou que era comandante da PMR e que não havia dito nada a mulher, debochando da situação.
Na delegacia, ao ser questionado pelo delegado do porquê a esposa estaria inventando tal situação, o tenente o respondeu: "Vai tomar no c*".