Já há 100 mil soldados israelenses na fronteira; terroristas do Hamas sequestraram cem pessoas
O ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, anunciou nesta segunda-feira (9) um “cerco total” à Faixa de Gaza, marcando o terceiro dia de combates após o lançamento de uma ofensiva militar pelo grupo palestino Hamas a partir do enclave.
“Estamos implementando um cerco total a Gaza sem eletricidade, sem comida, sem água, sem gás, tudo está bloqueado”, afirmou Gallant em um vídeo, referindo-se a esse território palestino, lar de 2,3 milhões de pessoas.
Além disso, o Exército de Israel mobilizou 100 mil soldados na fronteira com a Faixa de Gaza, acompanhados de tanques e outros equipamentos de guerra. Durante a madrugada desta segunda-feira, ocorreram intensos bombardeios de ambos os lados, resultando em mais de 700 mortos em Israel e cerca de 400 em Gaza. Em resposta, Israel bombardeou aproximadamente 500 áreas controladas pelo Hamas.
O Hamas sequestrou cerca de 100 pessoas, incluindo civis e soldados israelenses, complicando ainda mais a situação para as forças israelenses, que estão considerando uma possível invasão de Gaza.
A Faixa de Gaza é um território controlado pelo Hamas, que jurou destruir Israel e travou várias guerras com o país desde que assumiu o poder em Gaza em 2007.
O local é um território situado entre Israel, Egito e o Mar Mediterrâneo e abriga cerca de 2,3 milhões de pessoas — uma das maiores densidades populacionais do mundo. A Faixa tem comprimento de 41 km e 10 km de largura.
O espaço aéreo de Gaza e sua costa marítima é controlada por Israel. Os israelenses também restringem quais mercadorias e quem pode entrar e sair da região. O Egito, por sua vez, controla quem atravessa a fronteira.
De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), cerca de e 80% da população de Gaza depende de ajuda internacional e te 1 milhão de pessoas contam com ajuda alimentar diária.
O Hamas é o maior dentre diversos grupos de militantes islâmicos da Palestina. O grupo é classificado como terrorista por Israel, Estados Unidos, União Europeia e Reino Unido, bem como outras potências globais.
O nome em árabe é um acrônimo para Movimento de Resistência Islâmica, que teve origem em 1987 após o início da primeira intifada palestina contra a ocupação israelense da Cisjordânia e da Faixa de Gaza.
Em sua fundação, o Estatuto do Hamas definiu a Palestina histórica, incluindo o atual território de Israel, como terra islâmica e exclui qualquer paz permanente com o Estado judeu. O documento também ataca os judeus como povo, fortalecendo acusações de que o grupo é antissemita.
O líder do Hamas, Ismail Haniyeh, falou em uma entrevista à Al-Jazeera que que o bloqueio de Gaza e a normalização das relações de Israel com os países árabes foram algumas das razões para essa ofensiva.