Lúcio Gomes de 52 anos, morador do Território Indígena Pirakuá, em Bela Vista, morreu ao cair de um trator. Embora o caso seja tratado como morte a esclarecer pela Delegacia de Polícia Civil da cidade, uma Ong indigenista cobrou uma investigação mais aprofundada.
De acordo com informações policiais, um trabalhador de uma fazenda ido ao local com um trator que possuiu um "carroção" para transportar material que seria utilizado na construção de moradias.
Ainda segundo o boletim de ocorrência, quando chegou na comunidade estava ocorrendo uma festa referente ao dia das crianças e que o serviço seria realizado em outro dia. Convidado pelos moradores, ele teria ingerido bebidas e comido no local.
O funcionário da fazenda disse que teve que ir embora e que ao andar com o trator, observou que Lucio, indígena morador da aldeia, teria subido na detrás do maquinário.
Entretanto, em determinado momento do deslocamento observou que o indígena não estava mais no trator.
Ele também relata que, ao retornar para ver o que tinha acontecido encontrou a vítima caída ao chão, sangrando pela boca e ouvidos e percebeu que ela já estava em óbito.
Uma equipe da Polícia Militar, juntamente com peritos da Polícia civil estiveram no local. O condutor foi levado para a delegacia de Bela Vista para prestar esclarecimentos.
Questionamentos
"Quem viu? Quem testemunhou a morte? Ou isso é apenas argumento do "capataz" da fazenda?", questiona a Kunangue Atyguasu (Grande Assembleia das Mulheres Kaiowá e Guarani).
Segundo a entidade, "Lúcio é mais uma das vítimas e essa morte deve ser investigada de forma mais aprofundada", conforme postagem feita no perfil da entidade no Instagram.