Bruno de Luca se manifestou pela primeira vez sobre o atropelamento de Kayky Brito, nesta sexta-feira, 3, cerca de dois meses depois do acidente. Em publicação feita no Instagram, o apresentador classificou o tempo longe das redes sociais como um período de “angústia muito grande”. No post, o profissional do Grupo Globo também deu sua versão sobre o ocorrido e explicou o motivo de não ter ajudado o amigo. O comunicador, que alega estar se consultando com psiquiatras, afirma que sofreu um “apagão” causado por uma amnésia dissociativa. “Venho me consultando com psiquiatras, fazendo hipnoterapia, meditação guiada e pensado muito. O acidente que vi me deixou em estado de choque, transtornado. Na minha cabeça, tinha presenciado uma morte. Todos esses eventos naquela noite afetaram minha capacidade de discernimento e coerência. Fiquei totalmente descontrolado e mentalmente abalado. Segundo a Dra. Júlia Fandiño, psiquiatra que venho me consultando, eu tive uma confusão mental durante uma experiência traumática, que evoluiu com uma amnesia dissociativa”, declarou. “Eu lembro de poucos flashes dos momentos finais daquela noite: me despedir do Kayky, virar para pagar a conta, um grande barulho, alguém sendo arremessado. A parti daí, só gritos e confusão. Muita gente correndo. Depois disso, um apagão total”, acrescentou.
Em seu relato, Bruno de Luca afirma que soube do atropelamento somente no dia seguinte. O apresentadora também negou qualquer tipo de problema com a família do amigo. “No dia seguinte, acordei atrasado para ir ao aeroporto. Tinha um trabalho em São Paulo. Abalado com o acidente que tinha visto, mandei uma mensagem para o Kayky querendo saber onde ele estava, se ele tinha visto o acontecido e que eu estava assustado. Claro que ele não respondeu. Continuei meu caminho, e a irmã do Kayky me ligou de novo. Disse que tinha recebido uma informação de que ele tinha dado entrada no hospital. Eu disse que tinha visto um acidente gravíssimo, mas que ele tinha ido embora antes, e eu fui depois. Na minha cabeça, jamais seria ele o acidentado. Me ofereci para ir ao hospital ver se ele estava lá, era no meu trajeto. A Sthefany disse para eu seguir ao aeroporto, que ela já estava a caminho e me dava notícias. Quando eu já estava chegando no avião, comecei a ver notícias nos sites que diziam que ele havia sido atropelado. Eu não acreditava no que estava acontecendo. Enquanto lia as notícias, o avião decolava para São Paulo. Pedi para o meu pai e irmão irem ao hospital. Assim que cheguei, recebi ligações do meu pai do hospital me falando do estado do Kayky. Cancelei meu trabalho, voltei no primeiro voo que consegui vaga e fui direto para a casa da família dele. Conversamos, nos emocionamos muito”, acrescentou.
No texto, Bruno de Luca afirma que seu único arrependimento foi não ter voltado para casa com Kayky antes de ambos ficarem embriagados. “Eu sempre dei muito valor aos meus amigos, uma das minhas melhores qualidade é ser uma pessoa agregadora, reunir tribos diferentes e transitar por todos os meios. Infelizmente, nós não controlamos nossas emoções ou treinamos para saber como nos comportar em momentos extremos, como acidentes, assaltos, incêndios… É claro que se pudesse escolher, minha reação teria sido outra, teria sido bem mais pró ativo e, acima de tudo, teríamos ido embora antes, em segurança. O meu arrependimento daquela noite é não ter puxado o Kayky com mais força, ter percebido que já estava tarde e ido embora. Por mais que nossas vidas tenham mudado completamente naquele dia, eu resolvi agradecer. Agradecer pelo Kayky estar vivo, ter tido uma nova chance. Agradece pelo Diones ter prestado socorro prontamente. Por não ter tido nenhuma outra vítima. Por ter uma família maravilhosa que me apoia nos momentos difíceis. Agradecer a minha companheira Sthéfany por todo amor e paciente, por estar sempre ao meu lado, por me ajudar a ter clareza e por cuidar do nosso bem maior.”
Leia o comunicado na íntegra:
Amigos, desde o dia 2 de setembro, tenho vivido uma angústia muito grande. Minha principal preocupação era o estado de saúde do Kayky. Durante este período, mantive contato constante com a família dele, que sempre me atualizou sobre sua evolução. Desde que ele recebeu alta e teve acesso ao celular, estamos nos falando e ele vem me contando sobre seu progresso clínico e na fisioterapia. Isso tem acalmado meu coração.
Mas esses 2 meses também me trouxeram lições valiosas sobre a vida, a responsabilidade, limites e como a vida pode virar de cabeça para baixo em segundos. Desde que o Kayky se mudou para Curitiba, há pouco mais de um ano, nossos encontros ficaram mais raros. Naquela noite, nos encontramos para celebrar os novos momentos de nossas vidas: paternidade, família, novos objetivos. Infelizmente, toda essa empolgação nos fez exagerar na bebida, e esse exagero transformou comemoração em tragédia.
Desde então, venho me consultando com psiquiatras, fazendo hipnoterapia, meditação guiada e pensado muito. O acidente que vi me deixou em estado de choque, transtornado. Na minha cabeça, tinha presenciado uma morte. Todos esses eventos naquela noite afetaram minha capacidade de discernimento e coerência. Fiquei totalmente descontrolado e mentalmente abalado. Segundo a Dra. Júlia Fandiño, psiquiatra que venho me consultando, eu tive uma confusão mental durante uma experiência traumática, que evoluiu com uma amnesia dissociativa. De acordo com a ciência, a amnesia dissociativa consiste em um tipo de perda da memória provocada por trauma ou estresse, e resulta na incapacidade de recordar informações pessoas importantes.
Eu lembro de poucos flashes dos momentos finais daquela noite: me despedir do Kayky, virar para pagar a conta, um grande barulho, alguém sendo arremessado. A parti daí, só gritos e confusão. Muita gente correndo. Depois disso, um apagão total.
No dia seguinte, acordei atrasado para ir ao aeroporto. Tinha um trabalho em São Paulo. Abalado com o acidente que tinha visto, mandei uma mensagem para o Kayky querendo saber onde ele estava, se ele tinha visto o acontecido e que eu estava assustado. Claro que ele não respondeu.
No caminho do aeroporto, a irmã do Kayky me ligou. Quando eu vi escrito “Sthefany Brito”, tinha certeza que era o Kayky dizendo que tinha perdido o celular. Atendi com um “fala, irmão, perdeu o celular, né?”. Mas a voz era da Sthefany, que me disse estar preocupada, que ele não tinha chegado em casa. Eu disse que ele deveria estar na casa dos pais, já que eu tinha me despedido dele.
Continuei meu caminho, e a irmã do Kayky me ligou de novo. Disse que tinha recebido uma informação de que ele tinha dado entrada no hospital. Eu disse que tinha visto um acidente gravíssimo, mas que ele tinha ido embora antes, e eu fui depois. Na minha cabeça, jamais seria ele o acidentado. Me ofereci para ir ao hospital ver se ele estava lá, era no meu trajeto. A Sthefany disse para eu seguir ao aeroporto, que ela já estava a caminho e me dava notícias.
Quando eu já estava chegando no avião, comecei a ver notícias nos sites que diziam que ele havia sido atropelado. Eu não acreditava no que estava acontecendo. Enquanto lia as notícias, o avião decolava para São Paulo. Pedi para o meu pai e irmão irem ao hospital. Assim que cheguei, recebi ligações do meu pai do hospital me falando do estado do Kayky. Cancelei meu trabalho, voltei no primeiro voo que consegui vaga e fui direto para a casa da família dele. Conversamos, nos emocionamos muito. Em nenhum momento, a família do Kayky duvidou do que contei. Durante esses mais de 20 anos de amizade passamos por muitos momentos felizes mas também por momentos delicados, em que eu sempre estive ao lado do Kayky. Sua família me conhece muito bem, sabe do tamanho da nossa amizade.
Eu sempre dei muito valor aos meus amigos, uma das minhas melhores qualidade é ser uma pessoa agregadora, reunir tribos diferentes e transitar por todos os meios. Infelizmente, nós não controlamos nossas emoções ou treinamos para saber como nos comportar em momentos extremos, como acidentes, assaltos, incêndios…
É claro que se pudesse escolher, minha reação teria sido outra, teria sido bem mais pró ativo e, acima de tudo, teríamos ido embora antes, em segurança. O meu arrependimento daquela noite é não ter puxado o Kayky com mais força, ter percebido que já estava tarde e ido embora.
Por mais que nossas vidas tenham mudado completamente naquele dia, eu resolvi agradecer. Agradecer pelo Kayky estar vivo, ter tido uma nova chance. Agradece pelo Diones ter prestado socorro prontamente. Por não ter tido nenhuma outra vítima. Por ter uma família maravilhosa que me apoia nos momentos difíceis. Agradecer a minha companheira Sthéfany por todo amor e paciente, por estar sempre ao meu lado, por me ajudar a ter clareza e por cuidar do nosso bem maior.
Nesses 41 anos, vivi momentos incríveis e desafios que me moldaram como pessoa. Hoje, estou determinado a cuidar da minha saúde mental e transformar essa experiência em algo positivo e que me transforme.
Crescemos e evoluímos com nossos erros e tropeços. E é isso que eu vou passar para a minha filha ao longo da vida, sempre existirá uma nova chance para se recomeçar. E eu recomeço olhando para dentro, tentando vencer meus próprios obstáculos, com a certeza de que a vida é linda e curta. A felicidade é um bem precioso que deve ser buscado todos os dias. Eu seguirei buscando a minha.
Com amor, Bruno de Luca.
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