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Fronteira de Corumbá com a Bolívia completa uma semana fechada sem previsão para a normalidade


A fronteira com a Bolívia, em Corumbá, completou neste sábado (29) uma semana de interdição. Nenhum tipo de veículo está conseguindo atravessar a linha internacional entre os dois países desde o último dia 22, quando um grupo de manifestantes bloqueou a estrada com pneus, areia e outros obstáculos exigindo a realização do Censo Demográfico, que foi adiado pelo Governo Boliviano para o ano de 2024.

Ontem (28), em Cochabamba, houveu uma reunião entre as partes envolvidas para tentar encerrar o bloqueio na fronteira. Entretanto, conforme a imprensa daquele país, não houve um acordo e o protesto continua sem uma data prevista para o seu término.

“O Governo continua a subestimar o sacrifício de uma população que reclama um direito. Quiseram calar a voz de um conselho, a voz de um milhão e meio de pessoas, que pediram uma data e não tivemos resposta. O Governo se fez de surdo. Ele nos mostrou que não tem vontade de dar uma solução”, disse Rómulo Calvo, presidente da Comitê Cívico de Santa Cruz de la Sierra.

Na reunião, a ministra da presidência María Nela Prada explicou que o censo é técnico e é inclusivo e participativo, que pode ser realizado no mês de abril de 2024, que os recursos econômicos serão distribuídos em outubro do mesmo ano, ou que a data permaneça aberta para uma comissão técnica definir, que sejam incluídos novos indicadores para a distribuição de recursos econômicos e que não permitirão qualquer tipo de ameaça ou tentativa de desestabilizar as autoridades eleitas.

Os moradores do Departamento de Santa Cruz sustentam que houve um crescimento na população ao longo dos últimos 10 anos, quando foi realizado o último Censo e que apontou a existência de 2 milhões de habitantes. Sem a atualização deste número, o departamento não repasse a verba pública suficiente para aplicar em novos investimentos e políticas sociais que deveriam ser de acordo com o número de pessoas que vivem nos estados.

Enquanto não há um acordo, a fronteira continuará fechada, sendo permitido apenas o tráfego de ambulâncias ou a pé. Também há pontos de bloqueio em trechos da estrada Bioceânica, até Santa Cruz, distante 650 km da fronteira. Entre as opções usadas estão as estradas vicinais, conhecidas como “cabriteiras".

O ministro do Desenvolvimento Produtivo da Bolívia, Néstor Huanca, decretou a suspensão das exportações de óleo, acúcar, soja e carne bovina. “A medida já está em vigor desde a zero hora da quinta-feira, 27 de outubro, e segue até que as condições normais de abastecimento sejam restabelecidas para toda a população boliviana”, disse para a imprensa local.

Sem poder cruzar a fronteira, muitos motoristas estão parados e sofrendo prejuízos. De acordo com o presidente do Setlog Pantanal (Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas e Logística), Lourival Vieira Costa Júnior, em média, um caminhão parado tem reflexo no prejuízo de R$ 5 mil dólares ao dia. Estima-se que cerca de 8 mil veículos de passeio passam por dia pela fronteira e aproximadamente entre 600 a 800 veículos de cargas cruzam a linha internacional entre Corumbá e a Bolívia.

No primeiro dia de protesto, houve um confronto entre grupos favoráveis e contrários ao fechamento da fronteira, na ocasião, um servidor público acabou sendo atingido por um objeto na cabeça e morreu. O homem foi identificado como Julio Pablo Taborga, mais conhecido como "Viborita", morador de Arroyo Concepción,

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