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Vencedora do Nobel da Paz inicia greve de fome na prisão por falta de cuidados médicos

A ativista iraniana Narges Mohammadi, vencedora do Prêmio Nobel da Paz de 2023, iniciou uma greve de fome na prisão para protestar contra a falta de cuidados médicos para os presos e a obrigatoriedade do véu para as mulheres, anunciou sua família nesta segunda-feira, 6.

Por Midia NAS em 06/11/2023 às 12:14:31
Foto: Reprodução internet

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A ativista iraniana Narges Mohammadi, vencedora do Prêmio Nobel da Paz de 2023, iniciou uma greve de fome na prisão para protestar contra a falta de cuidados médicos para os presos e a obrigatoriedade do véu para as mulheres, anunciou sua família nesta segunda-feira, 6. “Narges Mohammadi informou sua família que iniciou uma greve de fome há várias horas. Estamos preocupados com seu estado e sua saúde”, afirmou sua família em um comunicado. A jornalista, de 51 anos, detida desde 2021 na prisão de Evin, em Teerã, é conhecida por seu ativismo contra a pena de morte e a favor dos direitos das mulheres. Ela já foi presa 13 vezes, condenada em cinco ocasiões e sentenciada a um total de 31 anos de prisão e 154 chicotadas, contou a presidente do Comitê Norueguês do Nobel, Berit Reiss-Andersen, em Oslo.

Na última quinta-feira, 2, a família de Mohammadi denunciou que as autoridades penitenciárias se recusaram a transferir Narges para o hospital por não querer cobrir a cabeça com um véu. Seu estado de saúde é frágil. Seus familiares alertaram que, segundo eletrocardiograma feito na prisão, ela precisava de internação urgente. Mohammadi, que tem um problema cardíaco. “A República Islâmica é responsável por tudo o que possa acontecer com nossa querida Narges”, afirma o comunicado. Narges Mohammadi recebeu o Prêmio Nobel da Paz em outubro “por sua luta contra a opressão das mulheres no Irã“. O prêmio foi concedido após um movimento de protesto no Irã pela morte, sob custódia policial, há um ano, de Mahsa Amini. A jovem foi detida sob a acusação de violar o rigoroso código de vestimenta para mulheres em vigor no país. Em seu livro "White Torture" ("Tortura Branca", em tradução literal), Mohammadi denuncia as condições de vida dos prisioneiros, especialmente em isolamento, abusos que ela mesma diz ter sofrido.

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