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Durante onda de calor, capital de MS amanhece encoberta por fumaça de incêndios no Pantanal

Previsão do tempo indica possibilidade de chuva que pode amenizar 'calorão'.

Por Midia NAS em 19/11/2023 às 16:42:47
Foto: Reprodução internet

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Previsão do tempo indica possibilidade de chuva que pode amenizar 'calorão'. Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima (Cemtec) indica avanço de uma frente fria na região sul, sudoeste e leste do estado. Céu de Campo Grande amanheceu encoberto por fumaça neste domingo.

TV Morena

O dia em Campo Grande (MS) amanheceu coberto por uma neblina de fumaça neste domingo (19). Com umidade em 25% e temperatura máxima de 34°C, a situação pode ser amenizada pela chuva prevista pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).

A mudança na temperatura ocorre devido ao intenso fluxo de calor e umidade vindo da Amazônia, aliado ao avanço de uma frente fria oceânica. Além disso, a atuação de uma área de baixa pressão atmosférica sobre o Paraguai e o transporte de cavados favorecem a formação de nuvens e chuvas no estado.

A Estação de Monitoramento da Qualidade do Ar da UFMS confere a qualidade do ar na capital. Na última semana, com o aumento dos incêndios no Pantanal, o levantamento viu uma mudança drástica na situação na capital.

Fumaça do Pantanal se espalha pelo Brasil e até para outros países.

Programa Queimadas-INPE/Reprodução

A situação do ar estava classificada como "boa", desde o início desta semana, a medição mudou para "moderada". O professor Widinei Alves Fernandes explica que os prognósticos futuros não são motivadores.

"A situação está se agravando. Quando entra na faixa moderada, devemos tomar outros cuidados. A última atualização feita já aponta um caminhado pior para qualidade do ar. Dentro da faixa moderada, já estamos entrando na parte mais ruim em Campo Grande", detalha o pesquisador.

O doutor em geofísica espacial e professor do Instituto de Física da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), Widinei Alves Fernandes, explica que o corredores de nuvens têm facilitado a chegada da névoa em outros estados brasileiros e até em países fronteiriços, como Paraguai e Bolívia.

"O aumento de fumaça foi devido a chegada dessa pluma, em decorrência das queimadas que ocorreram no Pantanal e também na Amazônia. Isso mostra que a poluição do ar é um problema transfronteiriço, ou seja, que regiões relativamente distantes podem impactar outras regiões. Identificamos nesse momento uma condição moderada já aumentando, podendo chegar até uma concentração de ruim mais tarde", detalha o pesquisador.

O meteorologista do Centro de Monitoramento do Tempo e Clima de Mato Grosso do Sul (Cemtec-MS) Vinicius Sterling explica que o avanço da névoa de fumaça do Pantanal também é maximizado pelos incêndios na Amazônia.

"A fumaça que está chegando em outros estados não são apenas do Pantanal, também tem influência da Amazônia. A situação se maximiza em Mato Grosso do Sul e vai para outras regiões. Na Amazônia boliviana também há focos de calor, o que contribui para chegada de fumaça em outros estados, principalmente o estado do MS", detalha o especialista em clima.

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