O governador eleito de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel (PSDB), disse em entrevista exclusiva à CBN Campo Grande, na manhã desta segunda (31), que vai tentar aproximação com o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para melhorar a governabilidade e firmar parcerias com a União para implementar ações e projetos para os sul-mato-grossenses. " Eu sempre disse que apoiava o presidente Bolsonaro, mas agora eu assumi a responsabilidade de representar Mato Grosso do Sul. Eu sentarei com o presidente Lula. Nós teremos uma relação de respeito e diálogo para o Estado de MS com foco nos projetos estabelecidos com inclusão, respeito, focando em resultados para MS. Nós temos bancadas fortes no estado e federal que vão cumprir um papel importante. Agora é o momento de pensar em política pública para o MS. Vou buscar o apoio do governo federal no que seja necessário para Mato Grosso do Sul", explica o governador eleito Eduardo Riedel em primeira entrevista exclusiva após as eleições.
Ainda durante a entrevista Riedel foi questionado se pretende chamar o PT e os partidos de esquerda para compor sua base aliada na gestão que começa a partir de 1º de janeiro de 2023, Riedel explica que é grato ao PT por apoiá-lo nas eleições para governo do Estado e avalia que irá compor com os partidos, pois as bandeiras que ele comunga vai de encontro com a dos partidos de esquerda. "Eu sou grato pelo PT e pela esquerda que apoiou o nosso projeto. Muitas de nossas bandeiras são de interesse da base do PT. Manteremos sempre dialogo com todos. No meu governo vamos apoiar as comunidades indígenas. Está no nosso plano de governo uma atenção especial para a Educação que eles {PT} carregam forte. Eu tenho meu compromisso com os professores de equiparar os salários dos concursados com os contratados. Nosso foco é o MS. Vamos colocar de forma transparente as nossas ações", avalia.
Eduardo Riedel foi eleito com 56,90% dos votos, que representa 808.210 votos válidos. O tucano ao longo de sua campanha recebeu apoio do atual governador Reinaldo Azambuja (PSDB), da senadora eleita Tereza Cristina (PP) e, no fim da campanha, teve o apoio da senadora Simone Tebet (MDB), que atuou como uma forte cabo eleitoral do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva.
Conheça o candidato
Eduardo Corrêa Riedel, 53 anos, é natural do Rio de Janeiro (RJ), formou-se em ciências biológicas pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Realizou, também, mestrado em zootecnia na Universidade Estadual Paulista (Unesp) em Jaboticabal (SP). Casou-se em 1994 com Mônica Morais e hoje possui dois filhos: Marcela e Rafael.
Riedel foi presidente do Sindicato de Maracaju em 1999 e, posteriormente, foi vice-presidente na Federação da Agricultura e Pecuária de MS e, posteriormente, foi diretor da Confederação Nacional da Agricultura (CNA).
Em 2015, Riedel se afastou do cargo de diretor presidente da Famasul (2012-2014), ficando à frente da Secretaria de Estado de Governo e Gestão Estratégica de Mato Grosso do Sul, sob o governo de Reinaldo Azambuja, cargo em que permaneceu até 2021.
Durante a pandemia da Covid-19, em 2020, o Governo de Mato Grosso do Sul, com apoio da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS/OMS), criou o Programa de Saúde e Segurança na Economia (PROSSEGUIR), que tinha como objetivo informar dados e indicadores à sociedade, bem como desenvolver ações mais eficientes aos impactos da Covid-19 em nosso Estado.
Para coordenar e administrar esse projeto, o governador Reinaldo Azambuja nomeou, em julho de 2021, Eduardo Riedel como presidente do Comitê Gestor do Programa de Saúde e Segurança da Economia (Prosseguir).
Após cerca de 7 anos de parceria, Azambuja passa o bastão para Riedel na corrida eleitoral deste ano para o cargo de governador.
Confira a entrevista concedida à CBN Campo Grande nesta manhã.