A artista foi uma das principais apoiadoras da campanha de reeleição de Jair Bolsonaro (PL) e vinha fazendo, diariamente, diversas publicações a favor do candidato no Instagram.
Regina publicou nesta segunda uma foto com a citação: "As tempestades podem matar as flores, mas nada podem contra as sementes". Na legenda da imagem, ela afirmou que "as sementes estão vivas, foram amorosamente cultivadas".
E seguiu: "Que o fogo-fátuo da vitória não faça com que se esqueça que o trabalho pró-Brasil continua e é árduo. Descansar e criticar é para os que não têm programa, os que não têm mais o que fazer pelo bem da sua nação".
No feed, Regina também publicou uma reportagem da Jovem Pan sobre o episódio que aconteceu no sábado (29), quando a atriz foi hostilizada em um teatro em São Paulo. O texto do portal diz que ela "não se intimidou" com os manifestantes. "Equipe Jovem Pan, obrigada pelo carinho, estamos juntos", escreveu.
Sob gritos de "fora, Bolsonaro" e "aqui não é o seu lugar", a ex-secretária da Cultura esbanjou sorrisos, mandou beijos e fez poses em resposta a seus detratores.
O episódio ocorreu no Teatro Liberdade, após uma apresentação do espetáculo "Clube da Esquina: Os Sonhos não Envelhecem" -Regina estava na plateia. Na noite de sábado (29), ela chegou a publicar no Stories do Instagram, uma foto sorrindo e mostrando o celular que tinha um adesivo da campanha de Bolsonaro.
Na tarde de domingo (30), antes do resultado da eleição presidencial, Regina publicou no Stories conteúdos que nada tinham a ver com a eleição: vídeo de homens dançando uma música de Michael Jackson, e outro de uma apresentação do pianista Gabriele Bagnati.
Depois da vitória de Lula, ela não publicou nada até o final da manhã desta segunda (31).
Na semana passada, o Instagram informava a quem deseja começar a segui-la que o perfil tinha publicado muitas informações falsas. "Tem certeza de que deseja seguir Regina Duarte? Esta conta publicou repetidamente informações falsas que foram analisadas por verificadores de fatos independentes ou que eram contra nossas Diretrizes da Comunidade", dizia aviso na página dela.
Regina Duarte deixou o governo Jair Bolsonaro após um intenso processo de fritura e sob a promessa de que chefiaria a Cinemateca Brasileira -o que não ocorreu. A atriz havia rompido um contrato de 50 anos com a TV Globo para assumir a Secretaria Especial da Cultura, onde ficou por apenas dois meses.
Embora relegada à "geladeira" pela gestão Bolsonaro, ela jamais deixou de se manifestar nas redes sociais em defesa do mandatário.
No mês passado, a ex-secretária gravou uma interpretação dramática para comparar críticas feitas ao presidente com assassinatos ou tentativas de homicídio cometidas por terroristas e fundamentalistas contra figuras históricas.