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Presidente de Câmara muda de ideia e afasta vereador preso em operação

A presidente da Câmara de Vereadores de Amambai, Ligia Borges (PSDB), apresentou requerimento e afastou, com votos dos vereadores, o líder do prefeito, Valter Brito, preso durante a operação Laços Ocultos, do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (GAECO).

Por Midia NAS em 28/11/2023 às 09:36:42
Foto: Reprodução internet

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A presidente da Câmara de Vereadores de Amambai, Ligia Borges (PSDB), apresentou requerimento e afastou, com votos dos vereadores, o líder do prefeito, Valter Brito, preso durante a operação Laços Ocultos, do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (GAECO).

Segundo a vereadora, a decisão foi tomada por orientação jurídica e após a Câmara ter acesso aos autos que levaram o vereador à prisão.

A decisão mostra uma mudança de ideia da presidente, que na semana passada disse à reportagem que não abriria comissão para investigar o vereador.

"A investigação não é relacionado à Câmara, mas aos empresários que são vereadores. O mandado era apenas para entrarem na sala do vereador. Não adentraram e não nos pediram nenhuma informação", justificou a vereadora no dia.

Operação Laços Ocultos

No total, foram 6 (seis) mandados de prisão preventiva e 44 (quarenta e quatro) mandados de busca e apreensão, nos Municípios de Amambai/MS, Campo Grande/MS, Bela Vista/MS, Naviraí/MS e Itajaí/SC. Os nomes dos outros presos não foram divulgados. O vereador Valter Brito foi preso e o vereador Gverson Vicentim foi alvo de mandado de busca.

Segundo levantamentos do Ministério Público, a organização criminosa atua há anos fraudando licitações públicas que possuem como objeto a contratação de obras e serviços de engenharia no Município de Amambai e outros, principalmente por meio de empresas ligadas a familiares, com sócios até então ocultos. Nos últimos seis anos, os valores dos contratos obtidos pelo grupo criminoso ultrapassam 78 milhões de reais.

"Perícias de engenharia, em obras vistoriadas presencialmente pelo corpo técnico, detectaram superfaturamento e inexecução parcial, assim como análise realizada por órgão técnico do Ministério Público identificou pagamento de propina das empresas integrantes do grupo criminoso em benefício de agentes políticos e servidores públicos municipais responsáveis pela fiscalização das obras", informou o MPE, em nota

A operação contou com apoio operacional do Batalhão de Choque, do Batalhão de Operações Especiais (BOPE), do Departamento de Operações de Fronteira (DOF) e da Força Tática, todos da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul. Laços ocultos, decorre do oculto vínculo apurado entre os investigados.

Tags:   Política
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