Jovens músicos da Câmara do Pantanal se apresentam com a OSB no RJ
Jovens da Orquestra de Câmara do Pantanal estão se apresentando no fim da tarde deste domingo (10), com a Orquestra Sinfônica Brasileira (OSB), no Parque Madureira, na zona norte da cidade do Rio de Janeiro.
Jovens da Orquestra de Câmara do Pantanal estão se apresentando no fim da tarde deste domingo (10), com a Orquestra Sinfônica Brasileira (OSB), no Parque Madureira, na zona norte da cidade do Rio de Janeiro. Hoje, são 12 jovens músicos da orquestra que faz parte de Programa do IMCC (Instituto Moinho Cultural Sul-Americano de Corumbá), que está prestes a completar duas décadas de trabalho e assistência sociocultural.
Também participam do concerto desta tarde estudantes de música de projeto semelhante nas cidades de Belém e Serra (ES). Na programação, músicas de Bizet, Puccini, Villa-Lobos, entre outros compositores, tendo como solista a soprano Gabriella Pace. A regência será do maestro Renan Cardoso.
O evento é gratuito, com classificação livre, e celebra o encerramento das atividades desenvolvidas entre a OSB e os jovens do Programa Vale Música, que participaram de ações didáticas e artísticas juntos, ao longo deste ano.
A diretora e fundadora do Instituto Moinho Cultural, Márcia Rolón, contou que a OSB ministra aulas online e presenciais para os alunos de música da entidade nas três cidades e, no concerto de hoje no Rio, as duas orquestras comemoram a parceria. "Esse formato [de intercâmbio dos jovens] é muito forte e compacto, no qual a gente já está trabalhando há dois anos", disse Márcia.
O Instituto começou com 180 alunos em corpos artísticos de música e dança e, hoje, contabiliza mais de 100 mil beneficiados, direta e indiretamente.
Lançamento para comemorar duas décadas
O Instituto Moinho Cultural vai comemorar 20 anos de existência em 2024, com o lançamento de um livro que narra sua trajetória. Márcia Rolón conta que ao longo desse período, o Moinho Cultural sistematizou uma metodologia própria de trabalhar na fronteira com a Bolívia.
"Hoje, tem um projeto sociocultural com uma linha muito forte de educação integral funcionando na fronteira como uma cultura de paz. A gente, na fronteira, trabalha nessa cultura de paz com música, dança, tecnologia e cultura literária, ou cultura de letramento", explica Márcia.
O Moinho Cultural tem dois grandes núcleos artísticos: a Companhia de Dança do Pantanal e a Orquestra de Câmara do Pantanal, além de 450 participantes fronteiriços. "A gente sistematizou isso e, no ano que vem, vai lançar esse método, com o intuito de conseguir uma franquia social, ou seja, disseminar essa conversa de fronteira".
O concerto deste domingo e as ações que ocorreram durante o ano fazem parte do Conexões Musicais, programa de responsabilidade social da Fundação OSB, em atuação desde 2017, que já esteve presente em 30 municípios e impactou diretamente mais de 5,5 mil alunos.
A iniciativa tem como objetivos principais a valorização da cultura local, a transformação social em territórios de vulnerabilidade socioeconômica e a aproximação do público jovem da música de concerto, levando aprimoramento técnico a estudantes de música atendidos por projetos sociais parceiros.
Internacional
Na Expo 2020, realizada em outubro de 2021, em Dubai, nos Emirados Árabes, os jovens musicistas do IMCC, como de diferentes polos do Programa Vale Música tocaram profissionalmente.
Alguns dos alunos que se apresentam hoje no Rio, já são profissionais, monitores ou professores do Moinho Cultural. "A gente capacita e eles se tornam colaboradores do Instituto", salientou a diretora. "Eles mesmos vão recriando o projeto", concluiu Márcia Rolon, diretora e fundadora do IMCC,