A informação sobre o tratamento foi divulgada pelo próprio artista no início do ano em sua autobiografia, "Amigos, Amores e Aquela Coisa Terrível".
No livro, Perry escreveu que recebeu infusões de quetamina durante sua internação em uma clínica de reabilitação na Suíça, durante a pandemia de Covid-19. "A quetamina parecia como uma gigantesca exalação. Eles me levavam até uma sala, me sentavam em uma cadeira, disponibilizavam fones de ouvido para que ouvisse música, me vendavam e criavam um acesso venal", relata o ator na obra.
Ele também comparou a experiência do tratamento, que durava uma hora, com a sensação de morrer. "Eu ainda assim continuava fazendo porque era algo diferente, e qualquer coisa diferente era bom. Tomar a 'K' [apelido da quetamina] era como levar uma porrada na cabeça de uma pá gigante e feliz. Mas a ressaca era dura e superava a pá."
Matthew Perry finaliza o trecho dizendo que o tratamento não era para ele.
A quetamina é uma substância utilizada para o tratamento de quadros de depressão e vício em drogas medicinais. Como medicamento, ela serve como uma dose de anestesia, aliviando sintomas de dor, preservando a respiração e estimulando a atividade do coração.
O ator trata desde os anos 1990 um quadro de vício em medicamento de controle da dor, que adquiriu ainda nas gravações do seriado "Friends".
De acordo o relatório toxicológico, a morte do artista foi um acidente disparado por uma doença arterial e os efeitos da buprenofina, medicamento usado para tratar do vício em opioides.
Matthew Perry morreu em 28 de outubro, aos 54 anos, em sua casa em Los Angeles. A polícia encontrou o corpo do ator em sua banheira de hidromassagem e não encontrou indícios de uso de drogas no local.
O artista era conhecido por interpretar o personagem Chandler Bing na série de comédia "Friends", um dos maiores sucessos da televisão americana nos anos 1990.
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