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PEC da transição e orçamento de 2023 geram discussões entre Gleisi Hoffmann e Mourão


Após o anúncio de que o governo de transição deseja ajustar o orçamento público para incluir parte das promessas de campanha de Lula (PT) , a presidente do Partido dos Trabalhadores Gleisi Hoffmann e o vice-presidente da República, Hamilton Mourão, entraram em debate nas redes sociais sobre o assunto nesta quinta-feira, 3. As negociações buscam incluir gastos extras de R$ 200 bilhões. O valor é necessário investir em programas de assistência social mais generosos e realizar investimentos “emergenciais” em infraestrutura e habitação. “O futuro governo do Lula está negociando com o Congresso um rombo de 200 bilhões no orçamento de 2023, ou seja, zero compromisso com o equilíbrio fiscal. O resultado será aumento da dívida, inflação e desvalorização do Real. Onde estão os críticos???”, escreveu Mourão no Twitter. Em resposta ao ataque, Gleisi apontou incoerência no posicionamento do senador. “Declaração de Mourão é no mínimo desonesta, nem bem acabamos de iniciar a transição e estamos negociando a pauta que interessa ao povo trabalhador. Onde ele estava durante a farra do orçamento secreto e o uso perdulário e ilegal da máquina pública nas eleições?”, questionou.

Na manhã de quinta-feira, o vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB) afirmou que é necessário “rapidez” e “agilidade” nos procedimentos transitórios para que a análise orçamentária não atrase e não serviços e obras não sejam paralisados. “A preocupação é manter o Bolsa Família de R$ 600. Para pagá-lo em janeiro ha necessidade de, até 15 de dezembro, termos a autorização, a chamada PEC da Transição e a lei orçamentaria, para não interromper serviços públicos ou paralisação de obras publicas”, explicou. Chamada de PEC da Transição, a proposta tem como objetivo incluir no novo orçamento público parte das promessas de campanha do Partido dos Trabalhadores, como a manutenção do valor de R$ 600 para o Bolsa Família. O senador Marcelo Castro (MDB-PI) declarou que este é o orçamento “mais restritivo” e com “mais furos da história”, já que os repasses, em alguns casos, não é o suficiente nem para realizar as manutenções preventivas. “Temos diminuído ano a ano os investimentos. Um órgão importante como o DNIT, neste ano, teve apenas R$ 6.7 bilhões, insuficiente até para a manutenção da malha. Não tem recursos para Bolsa Família, para o Farmácia Popular, para saúde indígena nem para merenda escolar”, disse.

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