Desta quarta-feira (3) até o fim de março, Dourados, a 229 km de Campo Grande, quer imunizar 150 mil pessoas contra a dengue. O município é pioneiro na vacinação gratuita contra a doença, que só deve chegar ao SUS (Sistema Único de Saúde) em fevereiro.
Devido à parceria com o laboratório Takeda, o município vai receber 300 mil doses da vacina Qdenga, suficiente para duas doses no público-alvo. A população a ser imunizada em Dourados tem entre 4 e 59 anos, não sendo indicada para idosos.
De acordo com a prefeitura, na manhã desta quarta-feira (3) as doses estão sendo distribuídas para as unidades de saúde e as aplicações começam no início da tarde. Estão previstas ações em empresas, escolas e igrejas, mas ainda sem programação definida.
Para receber a primeira dose da vacina, basta ir à unidade de saúde mais próxima, com documentos como CPF e carteirinha do SUS.
O ciclo completo de imunização é atingido com duas doses. A Qdenga apresentou, nos ensaios clínicos, eficácia geral de 80,2% contra a dengue causada por qualquer sorotipo após 12 meses da segunda dose. A vacina também reduziu as hospitalizações em 90%. Segundo o laboratório Takeda, a vacina garante imunização contra a dengue por até cinco anos.
Gerente de imunização de Dourados, Edvan Marcelo Marques afirma que o trabalho desenvolvido durante a fase crítica da pandemia da covid-19 mostrou a capacidade do setor em planejar esse tipo de ação.
"Vamos ter a oferta das vacinas na área urbana, nas unidades dos distritos e ainda nas reservas indígenas. Paralelamente a isso, vamos montar estratégias direcionadas com unidades móveis visitando empresas, o comércio e buscar levar a Qdenga ao maior número de pessoas possível nos dois ou três primeiros meses", conclui.
O Ministério da Saúde decidiu incorporar a vacina contra dengue ao SUS (Sistema Único de Saúde). O anúncio foi feito em dezembro e a vacinação deve começar em fevereiro. Segundo a ministra da Saúde, Nísia Trindade, o Brasil é o primeiro país do mundo a oferecer o imunizante no sistema público universal.
Conhecida como Qdenga, a vacina não será disponibilizada em larga escala em um primeiro momento, mas será focada em público e regiões prioritárias. A incorporação do imunizante foi analisada e aprovada pela Conitec (Comissão Nacional de Incorporações de Tecnologias no SUS).