Um dia após divulgar vídeo de conteúdo xenofóbico nas redes sociais, adolescente de 17 anos de CorumbĂĄ, a 444 quilômetros de Campo Grande, se apresentou à Polícia Civil. Ela foi até a delegacia da cidade no dia 1Âș, acompanhada da mãe.
De acordo com a Polícia Civil, é apurada situação de racismo neste caso, previsto no artigo 20 da Lei nÂș 7.716/89. Após a divulgação e viralização do vídeo nas redes sociais, a adolescente foi até a delegacia e foi ouvida.
Assim, foi instaurado pela Deaij (Delegacia de Atendimento à Infância e Juventude) procedimento por ato infracional anĂĄlogo ao crime de racismo.
Logo após o resultado das eleições, a adolescente teria publicado vídeos nas redes sociais com os dizeres: "Odeio pobre, nordestino, tem de morrer". O vídeo viralizou e, ao tomar conhecimento, a escola publicou uma nota de repúdio.
Na nota, a unidade escolar disse que não tem nenhuma relação com o episódio, não apoia qualquer ato discriminatório ou xenofobia e que repudia qualquer ação do tipo. Afirma ainda que educação e respeito começam em casa, cada um é responsĂĄvel pelo que fala e faz.
A nota encerra dizendo: "estamos aqui para orientar, ensinar e acolher a todos sem distinção". O caso foi registrado como crime de xenofobia.
"Se aparece um nordestino na minha frente eu mato sem do (sic)", postou nas redes sociais uma acadĂȘmica de medicina de uma universidade particular de Campo Grande, na noite deste domingo (30). A postagem com ameaça xenofóbica não cita questões políticas, porém foi postada logo após a vitória do candidato Luiz InĂĄcio Lula da Silva (PT), à PresidĂȘncia da República.