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Em 2023, preço da cesta básica diminuiu em Campo Grande e outras 14 capitais

Em 2023, o valor da cesta básica diminuiu em Campo Grande e outras 14 capitais onde o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) realiza mensalmente a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos.

Por Midia NAS em 08/01/2024 às 12:33:31

Em 2023, o valor da cesta básica diminuiu em Campo Grande e outras 14 capitais onde o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) realiza mensalmente a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos.

As principais reduções acumuladas, entre dezembro de 2023 e dezembro de 2022, foram registradas em Campo Grande (-6,25%), seguido por Belo Horizonte (-5,75%), Vitória (-5,48%), Goiânia (-5,01%) e Natal (-4,84%). Já as taxas positivas acumuladas ocorreram em Belém (0,94%) e Porto Alegre (0,12%).

Entre novembro e dezembro de 2023, o valor da cesta subiu em 13 cidades, com destaque para Brasília (4,67%), Porto Alegre (3,70%), Campo Grande (3,39%) e Goiânia (3,20%). As diminuições ocorreram em Recife (-2,35%), Natal (-1,98%), Fortaleza (-1,49%) e João Pessoa (-1,10%).

Em dezembro de 2023, o maior custo do conjunto de bens alimentícios básicos foi apurado em Porto Alegre (R$ 766,53), depois em São Paulo (R$ 761,01), Florianópolis (R$ 758,50) e Rio de Janeiro (R$ 738,61). Nas cidades do Norte e do Nordeste, onde são pesquisados 12 produtos, Aracaju (R$ 517,26), Recife (R$ 538,08) e João Pessoa (R$ 542,30) registraram os menores valores médios.

Com base na cesta mais cara, que, em dezembro, foi a de Porto Alegre, e levando em consideração a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e da família dele com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o Dieese estima mensalmente o valor do salário mínimo necessário.

Em dezembro de 2023, o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria equivaler a R$ 6.439,62 ou 4,88 vezes o mínimo de R$ 1.320,00. Em novembro, o mínimo necessário correspondeu a R$ 6.294,71 ou 4,77 vezes o piso vigente. Em dezembro de 2022, ficou em R$ 6.647,63, ou 5,48 vezes o piso em vigor, que equivalia a R$ 1.212,00.

Veja os números de dezembro em Campo Grande

  • No último mês de 2023, a farinha de trigo (-5,95%), o leite de caixinha (-2,44%) e o pão francês (-2,22%) registraram retração nos preços, apesar da demanda ter aumentado, em função do período de festas e férias escolares. Em 12 meses, somente o pãozinho registrou variação positiva (0,38%), pois há outros componentes na formulação de seu preço. A guerra entre os maiores produtores mundiais de trigo, Rússia e Ucrânia, prestes a completar dois anos, teve efeitos mitigados graças à produção nacional e mesmo internacional, que foram capazes de atender o mercado.
  • A queda nos preços do leite de caixinha ao longo de oito meses, fez com que o acumulado
    fosse negativo (-10,47%), e o preço médio no ano passado fosse de R$ 5,67 o litro. Em
    dezembro de 2023, o preço médio do lácteo ficou em R$ 5,22 – contra R$ 5,88 em dezembro de 2022. No caso do derivado, mesmo com a alta em dezembro, a manteiga (1,71%), registrou retração ao longo de um ano (-2,18%).
  • Revertendo a queda registrada em novembro, a batata registrou a variação mais expressiva em dezembro (29,03%). O preço médio do tubérculo em dezembro foi de R$ 6,00. Em 12 meses, o acumulado também é positivo (10,50%), e o preço médio ficou em R$ 4,94.
  • Em novembro e dezembro o feijão carioquinha (15,43%) registrou alta de preços na capital, sendo a mais expressiva no último mês do ano. Em 12 meses, a variação acumulada é negativa (-7,28%), pois em dezembro de 2022, o quilo do grão ficou em R$ 8,39, enquanto em dezembro de 2023, fechou em R$ 7,78.
  • Também registraram altas em dezembro o tomate (8,97%), o óleo de soja (7,44%), o arroz agulhinha (6,47%), a banana (4,06%), o café em pó (3,99%), o açúcar cristal (3,08%) e a carne bovina (0,58%).
  • Em 12 meses, o tomate acumula discreta alta (0,27%), contudo, o patamar de preços
    permanece elevado para o consumidor – o preço médio do fruto em 2022 foi de R$ 6,38, e em 2023 alcançou R$ 6,93.
  • As altas registradas no 6º bimestre de 2023, não afetaram a retração que já vinha sendo observada no preço do óleo de soja (-30,03%), o que também foi observado no caso da carne bovina (0,58%), cuja retração em 12 meses alcançou (-12,26%).
  • O período de safra da banana (4,06%) não foi capaz de sustentar a redução de preços notada em novembro. Na comparação entre dezembro de 2022 e 2023, contudo, o resultado é de retração de preços (-8,95%).
  • Confirmando a tendência de alta, que deve permanecer enquanto a política indiana estiver em vigor, em dezembro o arroz teve variação positiva (6,47%). Em 12 meses, o acumulado foi o mais expressivo entre os itens da cesta básica: 32,11%.
  • O comportamento de alta observado em dezembro nos preços de café em pó (3,99%) e açúcar cristal (3,08%), não aconteceu de modo igual ao longo de 12 meses. No caso do café, o acumulado é negativo (-9,46%), e no caso do açúcar é positivo, 2,56%.
  • A jornada de trabalho necessária para comprar uma cesta básica na cidade morena foi de 116 horas e 17 minutos, e o comprometimento do salário mínimo líquido4 para aquisição de uma cesta básica alcançou 57,14%. Em dezembro de 2022, quando o salário mínimo líquido era de R$ 1.121,10, o comprometimento da cesta alcançou 66,8%, sendo necessárias 135h e 05 de trabalho para comprar o conjunto de 13 itens de alimentação.
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