STF inaugura exposição sobre ataques golpistas ao prédio

O Supremo Tribunal Federal (STF) inaugurou uma exposição nesta segunda-feira (8) para marcar um ano desde que seu prédio foi depredado por ataques golpistas. A cerimônia contou com a presença dos ministros e da ex-presidente da corte, Rosa Weber, que se aposentou em outubro do ano passado. O prédio do STF foi o mais danificado entre os três Poderes durante os ataques, e Rosa estava na presidência do tribunal na época. Estima-se que os custos da destruição tenham sido de cerca de R$ 12 milhões.

A exposição, intitulada “Após o 8 de janeiro: reconstrução, memória e democracia”, está dividida em três ambientes da corte. A abertura ocorre no Hall dos Bustos, onde estão expostas estátuas de juristas e que foi invadido pelos golpistas no dia 8 de janeiro do ano passado. Em seguida, os ministros se dirigem ao plenário da corte, onde assistem a um vídeo. Por fim, eles vão ao salão branco do Supremo, que é a principal entrada de autoridades no prédio.

Após a inauguração, o presidente do STF, Luís Roberto Barroso, segue para o Congresso, onde um evento em alusão ao 8 de Janeiro será realizado com o presidente da República, Lula, e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco. A exposição estará aberta ao público a partir desta terça-feira (9), das 13h às 17h, no térreo do edifício-sede.

Em entrevista à Folha, Barroso defendeu punições para os envolvidos nos ataques. Ele ressaltou que, no momento em que os fatos ocorrem, as pessoas têm uma reação indignada e desejam uma punição severa, mas com o passar do tempo, essa reação diminui e as pessoas começam a sentir pena. Barroso também destacou que o país foi tomado por uma “fúria assassina”, com violência, agressão e uma falsa religiosidade, já que as pessoas rezavam ao mesmo tempo em que destruíam.

O ministro Alexandre de Moraes, relator das ações do 8 de janeiro no STF, informou que proferiu 6.204 decisões relacionadas às investigações sobre a invasão e destruição das sedes dos três Poderes. Entre essas decisões, 255 autorizaram medidas de busca e apreensão realizadas pela Polícia Federal em mais de 400 endereços, e 350 trataram de quebras de sigilos bancário e telemático.

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