Policiais civis e bombeiros entraram no quarto dia de buscas pela criança nesta segunda (8). Davi estava acompanhando o pai, Édson dos Santos Almeida, 47, que trabalha há três anos como barraqueiro nas imediações do posto 4 da praia.
Em depoimento, um homem que atua na barraca com o pai de Davi afirmou que teria pedido para o menino sair da água tendo em vista as condições do mar, que estava agitado.
Ainda segundo a investigação, outra testemunha narrou que viu Davi entrar no mar por três vezes enquanto jogava futebol com outra criança.
Outra pessoa também relatou que a criança teria pedido uma prancha emprestada para entrar na água, mas que não atendeu o pedido porque o mar estava revolto. Duas bandeiras vermelhas indicavam uma enorme vala naquele trecho.
A família de Davi reafirma que não acredita na hipótese de afogamento e sim que alguém tenha levado a criança. Os pais dizem que o menino não teria entrado no mar por ter medo, e que ele costumava pedir autorização antes de entrar na água.
Segundo Édson, o filho desapareceu após brincar com crianças estrangeiras na areia da praia, que estava movimentada.
"Por volta de 16h30, estavam na areia jogando bola, ele [Edson Davi] se fazendo de goleiro. Nisso, eu atendendo um cliente, fechando conta, quando me dei conta, meu filho sumiu. Isso era 16h50, 17h, quando aconteceu", disse o pai.
Ainda de acordo com o Édson, antes de brincar na areia, o filho fez um lanche na barraca. Nesse momento a criança abraçou o pai e posou para um vídeo rápido.
Câmeras de segurança registraram quando Davi, aparece sorrindo, de camisa térmica preta. Nos segundos seguintes do vídeo reproduzido pela TV Globo, o menino conversa com um homem desconhecido.
A polícia diz não descartar qualquer hipótese. Agentes da Delegacia de Descoberta de Paradeiros, que investiga o caso, analisam imagens de câmeras dos postos 3 e 5 da orla da Barra da Tijuca, cedidas pela Prefeitura do Rio.
De acordo com a polícia, as câmeras localizadas no local em que Davi foi visto pela última vez, no posto 4, estavam em manutenção naquele dia, conforme ofício enviado pelo município aos investigadores.
A cessão das imagens havia sido reivindicada pela família durante uma manifestação, neste domingo (7). Os pais de Davi dizem que as filmagens serão fundamentais para entender o trajeto da criança no dia em que desapareceu.
Durante o protesto no domingo, parentes e amigos carregavam faixas cobrando empenho das autoridades nas buscas do menino.
A mãe de Davi, Marize Araújo, disse nas redes sociais que não vai desistir de achar o filho.
Os bombeiros concentram as buscas nas praias da Barra, Recreio, Guaratiba e Sepetiba com aeronave, drone, moto aquática e mergulhadores.
"Já são mais de 18km de costa, desde a Barra da Tijuca até Sepetiba. E as buscas continuam de manhã, tarde e madrugada, não há previsão de encerramento", afirmou o major Fábio Contreiras, porta-voz do Corpo de Bombeiros do Rio, no fim da noite desta segunda.
Enquanto isso, a família segue a espera por notícias sobre o paradeiro do menino. Eles moram na Gardênia Azul, na zona oeste.
Os pais de Davi, Marize e Édson registraram o sumiço do filho no fim da tarde de quinta-feira (4) na 16ª DP (Barra da Tijuca), mas a investigação foi transferida para a Delegacia de de Descoberta de Paradeiros.
Desde então, segundo a polícia, dezenas de informações sobre possíveis paradeiros da criança foram recebidas, mas todas foram checadas e descartadas.
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