O presidente do Equador, Daniel Noboa, recebeu o apoio de países vizinhos após decretar, na terça-feira, 9, estado de conflito armado interno em resposta a uma grave crise de segurança causada por ataques do narcotráfico. Uma carta conjunta de apoio político foi emitida pelos países da América do Sul, que também ofereceram ajuda militar, policial e de inteligência. Desde a declaração de conflito interno, as Forças Armadas prenderam 329 pessoas, 12 pessoas morreram e cerca de 140 guardas carcerários foram sequestrados por detentos. O presidente equatoriano endureceu o discurso e afirmou que seu governo vai considerar "terroristas" também juízes, promotores, membros da Polícia Nacional e das Forças Armadas que "apoiarem" os criminosos. A carta conjunta foi articulada pelo Chile, que está na presidência do Consenso de Brasília, e o Mercosul também emitiu nota de apoio.
O diretor-geral da Polícia Federal do Brasil, Andrei Rodrigues, colocou a PF à disposição do país vizinho. O conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, Jake Sullivan, condenou os ataques de grupos armados no Equador e afirmou que o país está empenhado em cooperar para que os criminosos sejam levados à Justiça. Daniel Noboa, líder equatoriano, decretou estado de conflito armado interno e de exceção após a fuga do líder da maior facção criminosa do país. O estado de exceção vai vigorar por 60 dias, inclusive nos presídios, com toque de recolher entre 23h e 5h. Desde a declaração de conflito interno, as Forças Armadas puseram nas ruas 22.400 militares e prenderam 329 pessoas em todo o território nacional.