O presidente do recém-criado Partido Renovação Democrática (PRD) em Mato Grosso do Sul, Delcídio Amaral, está organizando a sigla para a eleição de outubro. Embora seja fruto da fusão de outros dois (Patriota e PTB), o trabalho é de começo do zero, mas tem animado o ex-senador.
"Tem muita gente querendo vir para o PRD. Isso porque hoje não tem espaço para quem não está na panela. Muita gente com qualificação está nos procurando para entrar na política e ajudar o Estado", justificou Delcídio.
O ex-senador quer o partido longe da polarização, seja nacional, entre Jair Bolsonaro (PL) e Luís Inácio Lula da Silva (PT), ou local, afirmando que o PRD surge como uma alternativa. "As movimentações politicas no Estado no momento são para filiar todo mundo em um partido só, que comando o estado agora. Não sei se esse movimento, mais à frente, vai ser um movimento bom. Tudo que é monolítico não se sustenta, um dia acaba", avaliou.
Delcídio acredita que o partido deve perder alguns filiados, do Patriota e do PTB, mas aposta no crescimento da sigla, que na avaliação dele ficará maior do que na ocasião da fusão. Na Capital, por exemplo, os três vereadores, dois do Patriota (Sandro Benites e Edu Miranda) e um do PTB (Willian Maksoud), devem sair do novo partido. Todavia, Delcídio afirma que o partido terá muito mais adesão do que saída de membros.
Candidato na Capital
O presidente estadual do partido recebeu a missão de lançar candidato próprio no maior número de municípios e já trabalha para efetivar essa missão. Delcídio afirma que não será candidato, pelo compromisso assumido na construção da sigla, mas quer candidato próprio, principalmente na Capital. E
"Estou conversando com pessoas com potencial grande para o cargo de prefeito, vereadores e vereadoras. Vou olhar com carinho e atenção redobrada. Algumas lideranças que conversam com o PRD são lideranças fortes. Não posso afirmar que serão vitoriosos, mas que podem consolidar politicamente o partido. São nomes fortes, que podem até não ganhar, mas vã embananar a política. Gente que já teve mandato, que não tem, mas têm estrutura e respeitabilidade na cidade", assegurou.
Delcídio explica que a decisão sobre candidatura deve ser muito bem discutida, para evitar o lançamento de nomes que, no meio da campanha, fazem acordos, e desistem da candidatura. "Vamos colocar candidaturas onde é possível para utilizar adequadamente o fundo partidário. Não vamos dar nenhum salto no escuro. Se não for para consolidar o partido, não lançaremos. Não vamos lançar candidatura que não tenha chance nenhuma para, no meio da campanha, fazerem acordo no escuro, como muitos já fizeram", concluiu.