A campanha sobre os 20 anos de comemoração da visibilidade trans foi lançada, nessa segunda-feira (22), pelo Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania. A data será celebrada no próximo dia 29 de janeiro.
Com o mote orgulho, existência, conscientização e resistência, serão desenvolvidas uma série de atividades, tanto presenciais, como de forma on-line para dar visibilidade à causa da população trans. Entre os eventos previstos estão uma sessão solene na Câmara dos Deputados e um evento no auditório do ministério dos Direitos Humanos.
A secretária dos direitos das pessoas LGBTQIA+, Symmy Larrat, falou sobre as origens da data.
O ministério também está publicando nas suas redes sociais materiais explicativos sobre a população trans. Um deles fala sobre Xica Manicongo, a primeira trans registrada no Brasil no século XVI. Em 1591, foi condenada por sodomia e obrigada a usar roupas masculinas. Outros materiais sobre o processo transexualizador e quais são as principais violências sofridas por essa população também serão divulgados.
Apesar da luta pela visibilidade ter ganhado espaço, o Brasil continua sendo o país que mais mata pessoas trans no mundo. Em 2022 foram 131 assassinatos e 20 suicídios. Os dados são da ANTRA - Associação Nacional de Travestis e Transexuais. Ainda de acordo com a associação, a expectativa de vida dessa população é em média de 35 anos.